Djokovic é o mais velho a vencer o US Open e aumenta lista de recordes

Djokovic é o mais velho a vencer o US Open e aumenta lista de recordes

O sérvio acumula números impressionantes ao longo de sua carreira. Em Nova York, quebrou mais uma marca histórica, aos 36 anos.


Por Redação do ge — Nova York, EUA

No último domingo, Novak Djokovic conquistou seu quarto US Open ao vencer Daniil Medvedev e escreveu mais um capítulo de sua história vitoriosa, repleta de recordes e números extraordinários. Com 24 títulos de Grand Slam, o sérvio igualou a marca da australiana Margaret Court, que detinha o recorde de conquistas sozinha, e ainda virou o mais velho tenista a conquistar o título do torneio americano.

Com o título deste domingo, aos 36 anos e 3 meses, Djokovic superou Ken Rosewall, que venceu a chave simples aos 35 anos e 10 meses.

O ge separou alguns recordes batidos pelo sérvio ao longo de seus 20 anos de carreira como tenista profissional. Vale lembrar que os números citados nesta matéria são apenas sobre a Era Aberta do tênis (após 1968) e apenas resultados da categoria masculina.

 

Maior vencedor de Grand Slams

Com a vitória sobre Daniil Medvedev, Djokovic se isolou ainda mais no topo da lista de maiores vencedores de Grand Slams. O sérvio agora tem 24 conquistas, contra 22 de Rafael Nadal. Somente em 2023, Novak Djokovic faturou três dos quatro majors: Australian Open, Roland Garros e US Open.

Até hoje, somente um tenista conseguiu vencer todas as quatro principais competições da temporada no mesmo ano: o australiano Rod Laver, em 1969. Djokovic chegou novamente perto dessa façanha: em 2011 e 2015 ganhou três majors, mas perdeu em Roland Garros, em 2021, no US Open e, em 2023, só deixou de faturar o torneio de grama.

Após a edição do US Open deste ano, Djokovic alcançou a marca de 36 finais de Grand Slam disputadas e aumentou sua vantagem como o tenista que mais vezes chegou em decisões de um Major. Em Wimbledon, ele havia superado a americana Chris Evert, que disputou 34 finais. Entre os homens, o sérvio já tinha se tornado recordista em 2022, quando ultrapassou Roger Federer, que tem 31 finais disputadas.

 

Maior tempo como número 1 do ranking mundial

Em fevereiro deste ano, Djokovic ultrapassou Steffi Graf como o tenista que ficou no topo do ranking mundial por mais tempo e chegou a alcançar 389 semanas sendo considerado o melhor do mundo em simples, segundo a classificação da ATP. O sérvio ainda estendeu a sua marca como número 1 até maio deste ano, quando foi ultrapassado por Carlos Alcaraz no dia de seu aniversário. Com a vitória no US Open, Djokovic retoma a primeira posição.

Em 2021, o sérvio ultrapassou o americano Pete Sampras e estabeleceu um novo recorde: o de maior número de temporadas encerradas como líder do ranking mundial. Foram sete ao longo de sua carreira (2011, 2012, 2014, 2015, 2018, 2020 e 2021).

 

Maior vencedor do Australian Open

Com dez títulos, Djokovic é absoluto nas quadras de Melbourne, na Austrália. O sérvio tem quatro troféus a mais que Roger Federer e Roy Emerson, ambos com seis títulos. O torneio foi, inclusive, a primeira conquista de um Grand Slam do sérvio, ainda em 2008. De lá para cá, Djokovic também venceu em 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020, 2021 e 2023.

 

Maior premiação em dinheiro

Em relação a compensações financeiras, Djokovic tem dois recordes com seu nome: o de tenista com maior valor recebido em premiações na carreira e o de maior premiação recebida em somente uma temporada.

Em 2015, o sérvio venceu 11 títulos na temporada, incluindo 3 Grand Slams e 6 Masters 1000. Com uma temporada praticamente perfeita, o rendimento financeiro certamente seria alto: foram US$ 21.592.125 (na época, cerca de R$ 80 milhões) em premiações, o maior valor que um tenista já recebeu em um ano.

Ao todo, Novak Djokovic já faturou mais de US$ 150 milhões (o equivalente a R$ 720 milhões) em prêmios de competições ao longo da carreira. Esse número cresceu após a vitória em Nova York, que rendeu 3 milhões de dólares (cerca de R$14,6 milhões) ao grande vencedor.

Novak Djokovic parece gostar tanto de recordes que até em listas de finais mais longas o nome do sérvio figura no topo. Somadas, as três decisões tem 15h40 de duração. No Australian Open de 2012, entre Djokovic e Nadal, os tenistas jogaram por 5h53 até a vitória do sérvio, por 3 sets a 2. Já no US Open do mesmo ano, Djokovic enfrentou o britânico Andy Murray, em uma partida de 4h54. Desta vez o triunfo não foi do sérvio, que perdeu por 3 sets a 2.

Em 2019, Djokovic e Federer protagonizaram a decisão mais longa de Wimbledon disputada em novo formato. Com 4h57 de duração, a final foi decidida no tie-break do quinto set após empate em 12/12 – uma regra criada em 2019 para evitar os confrontos “intermináveis”.

 

Maior vencedor do Masters 1000

Djokovic acumula incríveis 38 títulos de Masters 1000, segundo tipo de competição mais importante da temporada, ficando apenas atrás dos quatro Grand Slams. Rafael Nadal é o segundo maior vencedor, com 36 conquistas.

O sérvio é, ainda, o único tenista a ter o “Carrer Golden Masters”, por ter vencido todos os 9 torneios do circuito: Indian Wells (é o maior vencedor, com cinco títulos), Miami, Monte-Carlo, Madrid, Roma, Canadá, Cincinatti, Xangai e Paris.

 

Maior vencedor do ATP Finals

O ATP Finals é um torneio onde os oito melhores tenistas do mundo são reunidos para disputar uma bolada de US$ 2 milhões. Djokovic também é o maior vencedor desta competição, com seis títulos, e compartilha esse recorde com o suíço Roger Federer. O sérvio, porém, foi o único a vencer quatro edições de forma consecutiva, de 2012 até 2015.

Djokovic com troféu de Roland Garros 2023 — Foto: REUTERS/Christian Hartmann
Djokovic e Alcaraz posam pra fotos antes da final de Wimbledon — Foto: Reuters
Novak Djokovic no jogo mais longo da história do Australian Open. — Foto: Scott Barbour / Getty Images

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