Dólar abre em baixa nesta terça-feira
Dólar abre em baixa nesta terça-feira
Na segunda-feira, moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,28%, vendida a R$ 5,2821.
Por g1 06/12/2022 09h06 Atualizado há 35 minutos
O dólar
abriu em baixa nesta segunda-feira (6), um dia após o baixo volume de negócios
por conta do jogo do Brasil na Copa do catar. No exterior, a agenda de
indicadores econômicos está vazia e a atenção dos investidores se volta para a
votação da PEC da Transição na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no
Senado.
Às 9h02, a
moeda norte-americana reportava variação negativa de 0,27%, negociada a R$
5,2679. Veja mais cotações.
No dia
anterior, o dólar registrou uma valorização de 1,28%, vendido a R$ 5,2821. Com
o resultado, o dólar passou a acumular alta no mês, de 1,55%, mas mantém queda
de 5,25% no ano.
O que
está mexendo com os mercados?
O principal
destaque do dia é um assunto já velho conhecido do mercado. O texto da PEC da
Transição – proposta que visa abrir espaço fora do teto de gastos para bancar
as promessas eleitorais de Lula, com destaque para o Bolsa Família de R$ 600 e
o auxílio de R$ 150 para crianças pequenas – deve ser votado hoje na CCJ do
Senado. Se for aprovada, a medida segue para votação no plenário do Senado na
quarta-feira.
No cenário
doméstico, o Indicador Antecedente de Emprego do Brasil, calculado pela Fundação
Getulio Vargas (FGV), caiu 6,7 pontos em novembro, na maior queda em 12 meses,
divulgou a instituição nesta terça. O IAEmp é um índice que antecipa a
trajetória do mercado de trabalho no país. Com a queda, o indicador foi para
73,1 pontos, registrando o menor nível desde julho de 2020.
Especialistas
explicam que também mexe com o pregão desta terça alguns dados divulgados nos
Estados Unidos na última sexta-feira. O relatório payroll, que fala sobre a
situação do mercado de trabalho americano, mostrou que a criação de vagas
continua forte na maior economia do mundo, o que gera expectativas de que as
taxas de juros no país continuem pressionadas.
“Dados mais fortes da economia americana reiteram a percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode desacelerar o ritmo de aperto monetário na próxima reunião, mas que os juros devem ficar em patamar elevado por mais tempo do que o estimado anteriormente”, explica a equipe de análise do BTG Pactual Digital.
Juros mais altos elevam, também, a rentabilidade dos títulos públicos americanos, que são considerados os mais seguros do mundo, tornando-os mais atrativos. Isso leva a uma migração dos investidores, que abandonam em boa parte os ativos de risco, beneficiando o dólar em detrimento de moedas de países emergentes, como o Brasil.