Dólar opera em alta nesta sexta, acima de R$ 5,35

Dólar opera em alta nesta sexta, acima de R$ 5,35

Na quinta-feira, a moeda americana teve queda de 1,35%, cotada a R$ 5,3082

Por g1 - 28/10/2022 09h04 Atualizado

O dólar opera em alta nesta sexta-feira (28), com investidores buscando proteger suas carteiras no último pregão antes do segundo turno das eleições presidenciais de domingo e após dados sobre gastos dos consumidores dos Estados Unidos.

Às 9h51, a moeda norte-americana subia 0,85%, cotada a R$ 5,3535. Veja mais cotações.

No dia anterior, a moeda norte-americana registrou recuo de 1,35%, cotada a R$ 5,3082. Com o resultado, acumula alta de 3,14% na semana. No mês, há queda de 1,59%. No ano, o recuo é de 4,78% frente ao real.

O que está mexendo com os mercados?

No cenário local, indicadores econômicos do FGV Ibre mostram novo recuo do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), no terceiro mês seguido de taxa negativa. Já a confiança do comércio e dos serviços caíram em outubro, indicando desaceleração dos setores.

Agentes financeiros seguem atentos à reta final da corrida eleitoral, em meio ao temor de eventual contestação da credibilidade do processo e extensão da incerteza para além do segundo turno de domingo.

Flavio Pretti, planejador financeiro pela Planejar, disse à Reuters que o maior receio dos mercados no momento em relação ao pleito é de haver “instabilidade do processo democrático”.

Observadores do processo eleitoral enxergaram a movimentação da campanha de Jair Bolsonaro como uma tentativa de descredibilizar o pleito e preparar o terreno para eventual contestação do resultado de 30 de outubro caso saia perdedor.

Já o Goldman Sachs disse em relatório que o mercado financeiro doméstico deve “reagir positivamente a sinais de paz social, estabilidade política e reformas que alavanquem o investimento e o crescimento” no período após as eleições.

No exterior, os gastos dos consumidores dos Estados Unidos aumentaram mais do que o esperado em setembro, enquanto as pressões inflacionárias subjacentes continuaram a aumentar, mantendo o Federal Reserve (BC dos EUA) no caminho certo para aumentar a taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela quarta vez este ano, destaca a Reuters.

Os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, aumentaram 0,6% no mês passado, segundo informou o Departamento de Comércio nesta sexta-feira.

O Fed acompanha os índices de preços PCE para sua meta de inflação de 2%. Outras medidas de inflação estão muito mais altas. O índice de preços ao consumidor aumentou 8,2% em setembro na comparação anual.

O Fed aumentou sua taxa de juros de quase zero em março para a faixa atual de 3,00% a 3,25%, o ritmo mais rápido de aperto monetário em uma geração ou mais.

O PCE é o indicador favorito do Fed para acompanhar a inflação americana – se houvesse uma desaceleração em curso, o mercado poderia aumentar suas apostas em redução do ritmo de alta nos juros do país.

 

 

 

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