Dólar opera em baixa e destaque do dia ainda é a renegociação do teto da dívida dos EUA
Dólar opera em baixa e destaque do dia ainda é a renegociação do teto da dívida dos EUA
Na última sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 0,56%, cotada a R$ 4,9952.
Por g1 22/05/2023 09h03 - Atualizado há 9 minutos
O dólar
opera em baixa nesta segunda-feira (22), com os investidores ainda em compasso
de espera por um acordo no que diz respeito às negociações sobre o aumento do
teto da dívida pública dos Estados Unidos. O mercado tem receio de que o país
dê um calote, caso os líderes não cheguem a um acordo.
No Brasil, a
espera é pela votação do texto do novo arcabouço fiscal na Câmara dos
Deputados. Destaque também para a divulgação da última edição do Boletim Focus,
do Banco Central do Brasil (BC), que mostra uma queda nas projeções para a
inflação em 2023.
Às 09h33, a
moeda norte-americana caía 0,34%, cotada a R$ 4,9783. Veja mais cotações.
Na última
sexta-feira (19), o dólar teve alta de 0,56%, aos R$ 4,9952. Com o resultado, a
moeda encerrou a semana com alta de 1,46%, além de acumular:
O que
está mexendo com os mercados?
Embora a agenda econômica desta semana conte com algumas divulgações importantes, como o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) no Brasil, ambos na quinta-feira (25), Vitor Miziara, sócio da Perfoma Investimentos, destaca que o que deve movimentar os mercados, em nível global, é a agenda política.
O grande
destaque é o mesmo das últimas semanas: a renegociação do teto da dívida
norte-americana.
Neste fim de
semana, o presidente da Câmara dos Estados Unidos. Kevin McCarthy (republicano)
disse que deve se reunir com o presidente Joe Biden (democrata) nesta segunda
para tentar chegar a um acordo. A informação foi confirmada pela Casa Branca.
Miziara
pontua que os líderes e os dois partidos precisam chegar a um acordo ainda
nesta semana, já que logo no começo do próximo mês algumas das dívidas
americanas começam a vencer, o que levaria o país a dar um calote.
Em
entrevista concedida à emissora NBC neste domingo, Janet Yellen, secretária do
Tesouro dos Estados Unidos, disse que, em sua avaliação, “a possibilidade
de chegar a 15 de junho, sendo capazes de pagar todas as nossas contas, é muito
baixa”, caso a renegociação não seja fechada até 1° de junho.
No Brasil, a
agenda política também é destaque, mas com as expectativas de que o texto do
novo arcabouço fiscal seja votado nos próximos dias pela Câmara dos Deputados.
Especialistas
consideram que a proposta deve ser aprovada, mas ressaltam que o mercado estará
atento às mudanças que podem ocorrer no texto e que possam impactar,
principalmente, a inflação.
Também no
cenário doméstico, o Boletim Focus divulgado nesta segunda mostra que os
economistas do mercado financeiro reduziram suas projeções para a inflação de
2023, de 6,03% para 5,80%.
O relatório do BC ainda revela que as expectativas para o PIB brasileiro neste ano cresceram de 1,02% para 1,20%.