Élisabeth Borne, primeira-ministra da França, pede demissão
Élisabeth Borne, primeira-ministra da França, pede demissão
O presidente Emmanuel Macron aceitou a demissão de Borne. Agora, o Parlamento vai precisar eleger um novo primeiro-ministro.
Por France Presse
A
primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, apresentou sua demissão ao
presidente Emmanuel Macron nesta segunda-feira (8). Há rumores de que vai haver
uma remodelação do governo do país.
Macron
aceitou o pedido de demissão e escreveu um agradecimento público na rede social
X (Twitter).
Borne, de 62
anos, assumiu o cargo de primeira-ministra em maio de 2022. Ela foi a segunda
mulher a chefiar o governo francês.
Durante os
20 meses dela como chefe, o governo não teve maioria absoluta no Parlamento. .
Esse peíodo foi marcado pelas discussões da reforma da Previdência, imposta por
decreto, e por um episódio de distúrbios urbanos em meados de 2023.
Em dezembro,
foi aprovada uma reforma das políticas para os imigrantes que foi considerada
conservadora. Para obter apoio da direita, o governo de Macron tornou o texto
das leis sobre imigrantes mais severas.
Em sua carta
de demissão, Borne, afirmou que é “mais necessário do que nunca seguir com
as reformas”.
Agora, o Parlamento francês precisará eleger um sucessor de Borne. Entre os possíveis sucessores, o ministro da Educação, Gabriel Attal, aparece como favorito, segundo fontes próximas ao Executivo. Aos 34 anos, ele se tornaria o mais jovem chefe de governo da república francesa e o primeiro homossexual assumido a ocupar o cargo.
As eleições
para o Parlamento Europeu em junho de 2024 servirão de termômetro para a
remodelação. O partido de extrema direita Reagrupamento Nacional, de Marine Le
Pen, lidera as pesquisas com 27% dos votos, seguido pelo partido de Macron,
Renascimento (19%), de acordo com uma pesquisa da Opinionway em meados de
dezembro.