Em um dos piores ataques, Rússia atinge hospital pediátrico em Kiev e mata 31
Em um dos piores ataques, Rússia atinge hospital pediátrico em Kiev e mata 31
Ataque é um dos piores desde o início da guerra, segundo prefeito da capital ucraniana. Zelensky disse que há várias pessoas presas nos escombros do hospital.
Por g1
Em um dos
piores bombardeios desde o início da guerra, a Rússia voltou a atacar Kiev
nesta segunda-feira (8) com um lançamento em série de mísseis que deixaram
cerca de 31 pessoas mortas e atingiu um hospital pediátrico, segundo
autoridades locais.
O hospital
pediátrico Ohmatdyt, o maior de Kiev, foi parcialmente destruído. Imagens do
local mostraram que uma das fachadas veio totalmente abaixo, e autoridades
disseram que há crianças entre os mortos.
O presidente
ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que várias pessoas estavam presas sob os
escombros do hospital.
“Há
pessoas sob os escombros e ainda não sabemos o número exato de vítimas. No
momento, todos estão ajudando a retirar os escombros, tanto médicos como
pessoas comuns”, disse o presidente.
O prefeito da capital ucraniana disse que este é um dos piores ataques à cidade desde o início da guerra na Ucrânia, há mais de dois anos. A Rússia disparou mais de 40 mísseis contra Kiev, ainda segundo o prefeito.
Outras
cidades do centro e do leste do país também foram alvejadas, como Dnipro,
Sloviansk, Kramatorsk e a cidade-natal de Zelensky (leia mais abaixo). Os
bombardeios também destruíram três subestações de energia elétrica da cidade,
informou a operadora local, a DTEK.
A Rússia
negou ter atingido alvos civis. Nesta manhã, o Ministério da Defesa russo disse
ter atacado apenas bases aéreas militares em território ucraniano.
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Outras
cidades afetadas
Dez das 20 mortes aconteceram na cidade-natal de Zelensky, Kryvyi Rih, no centro do país. Segundo o prefeito local, outras 30 pessoas também ficaram feridas.
Em Dnipro,
um arranha-céu e uma empresa foram danificados, afirmou o governador de
Dnipropetrovsk, Sergei Lysak. O ataque também atingiu um posto de gasolina,
onde deixou feridos.
No leste da
Ucrânia, na região de Donetsk, onde as forças russas avançaram nas últimas
semanas, pelo menos três pessoas morreram em Pokrovsk, uma cidade que antes da
guerra tinha quase 60 mil habitantes.
O Kremlin
não reagiu aos bombardeios, mas normalmente insiste que não ataca instalações
civis.
“Este
bombardeio afetou civis, atingiu infraestruturas, e o mundo inteiro deveria ver
hoje as consequências do terror, que só podem ser respondidas com força”,
disse o chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrei Yermak.
Zelensky,
que nesta semana irá a Washington, nos EUA, para participar de uma cúpula da
Otan, pediu aos aliados que enviem mais sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia,
país devastado por mais de dois anos de guerra.
“A
Rússia não pode afirmar que ignora por onde voam os seus mísseis e deve prestar
contas por todos os seus crimes”, denunciou o presidente ucraniano em
outra mensagem nas redes sociais.