Empate não abala Fesan, que projeta Grêmio Prudente atacando “do início ao fim” em São José
Empate não abala Fesan, que projeta Grêmio Prudente atacando "do início ao fim" em São José
Treinador demonstrou confiança para buscar vitória na partida que define acesso para a Série A2, no próximo sábado (29).
Por Adilson Vieira, Beatriz Zoccoler e Murilo Zara — Presidente Prudente, SP - 24/04/2023 10h02 - Atualizado há 45 minutos
“Agora
é ter mais confiança, mais coragem, estar mais concentrado, mais focado”.
Foi isso que o técnico Ademir Fesan definiu como necessário para ter o Grêmio
Prudente atacando “do início ao fim” no segundo jogo da semifinal da
Série A3 do Campeonato Paulista. No próximo sábado (29), só a vitória interessa
para o Carcará, já que o São José tem a vantagem do empate para conseguir o
acesso. Na análise do treinador, o 0 a 0 no Prudentão não foi totalmente ruim.
– É lógico
que a gente vem de cinco jogos sem vencer, vale ressaltar que são quatro
empates e uma derrota fora de casa. Claro que incomoda, mas não interfere para
esse jogo. Nosso time sempre foi agressivo. Inclusive, no jogo contra o São
José lá, nós tivemos um bom controle de jogo, atacando bem. Agora, sabemos que
precisamos ganhar, é o único resultado que a gente tem. Realmente, temos que
atacar do início ao fim, e na verdade sempre jogamos assim, é uma
característica nossa, não vai ser muito diferente, mas aí o lado mental entra.
Agora é ter mais confiança, mais coragem, estar mais concentrado, mais focado,
mas isso é uma evolução, é natural. Eu acho que o sentimento pós-jogo foi muito
bom. Um sentimento de que “pô, dá”.
Os
prudentinos fizeram o primeiro jogo em casa, e mesmo com uma reta final
eletrizante no último sábado (22), Águia e Carcará não saíram do zero. O
empate, aliás, não é novidade para quem está de olho no retrospecto entre as
equipes nesta A3 – 1 a 1 na primeira fase, 2 a 2 e 0 a 0 na segunda fase.
O técnico
gremista, junto aos mais de 6.000 torcedores que ocuparam as arquibancadas do
Prudentão, viram um time com ímpeto ofensivo, mas dificuldades no terço final
do campo. No primeiro tempo, as finalizações ficaram com “gostinho de
quero mais”. Na etapa final, os visitantes entenderam que dava para tentar
atacar mais, e assim fizeram – o que não foi motivo de “retranca”
para o treinador.
– Foi um dos
nossos melhores jogos de controle das ações. O adversário pouco atacou o nosso
gol, foi atacar só no final, quando nosso time já estava mais exposto, buscando
a vitória a todo custo. Terminamos o jogo com quatro atacantes. O Tota, por
mais que ele vem por dentro, ele é um nove de origem, foi muito bem no
Comercial nessa função no ano passado. Vale lembrar também que a gente tinha um
meia, que era o Affonso, um volante só, e os nosso dois laterais bem agudos.
Então acaba se expondo mais. O São José veio para se defender, para jogar no
contra-ataque, mas é um time muito bem treinado. O goleiro deles foi muito bem
também, é um bom goleiro, eu gosto muito, por sinal. Quando nós tivemos as
oportunidades, vai acontecer de errar, mas acho que o lado mental não. Eu
fiquei com o sentimento de mérito do adversário ou de defender, ou a gente, no
momento técnico mesmo, de errar. Ter um pouquinho mais de paciência num
domínio, ajustar o corpo, finalizar.
E essa
paciência vai ter que ser o “mantra” do Carcará em São José dos
Campos, para atacar com inteligência e buscar a 10ª vitória da temporada. Além
disso, a equipe precisará superar os 39,4% de aproveitamento que tem fora de
casa. Consciente das dificuldades do próprio time, o treinador analisou o
adversário e afirmou que o empate sem gols não foi totalmente ruim para o jogo
da volta.
– O foco
aumenta porque a gente só tem um resultado. No jogo contra o Desportivo, tivemos
muita dificuldade nisso, porque tínhamos até três resultados. Até a derrota
poderia, conforme os resultados fossem acontecendo. Isso acaba, muitas vezes,
tirando a concentração. Agora não. Agora sabemos que nesse segundo jogo só
temos a vitória. Não vai ser fácil. Sabemos como é difícil jogar lá. O time do
São José marca muito bem, é uma equipe com um contra-ataque muito bom. É bom
quando você sabe que, por mais que as coisas não aconteçam como tinham que
acontecer hoje, tem um bom goleiro lá atrás e que se precisar, ele vai segurar.
– A gente
tinha que ir para cima por entender que, não é nem o fato de jogar em casa, mas
o nosso campo favorece muito a nossa forma de jogar. Entendemos que tinha que
atacar, e foi o que fizemos do início ao fim. Não fomos felizes no último
momento. Mas, se tinha um resultado que não podia acontecer para nós, era
derrota. São dois tempos, o primeiro está empatado. Agora é ir lá e só tem um
resultado que nos serve, a vitória. Vamos buscar isso do início ao fim.
O
“segundo tempo” de Grêmio Prudente x São José está marcado para o
próximo sábado (29), às 19h, no Estádio Martins Pereira.