EUA fazem acusação criminal contra novo chefe do Hamas por ataques de 7 de outubro em Israel

EUA fazem acusação criminal contra novo chefe do Hamas por ataques de 7 de outubro em Israel

A denúncia criminal contra Yahya Sinwar e outros comandantes do grupo terrorista inclui acusações de conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira, resultando em morte, segundo o Departamento de Justiça dos EUA.


Por g1

O Departamento de Justiça anunciou nesta terça-feira (3) acusações criminais contra o novo chefe do Hamas, Yahya Sinwar, e outros comandantes do grupo terrorista pelos ataques de 7 de outubro de 2023 em Israel.

A morte de cidadãos americanos e outros civis em 7 de outubro de 2023 fundamentaram o processo. Além disso, a Justiça dos Estados Unidos entende que as ações do grupo terrorista representam um risco à segurança nacional.

A denúncia criminal, apresentada em um tribunal federal na cidade de Nova York, inclui acusações de conspiração para fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira, resultando em morte.

Segundo o Departamento de Justiça, os réus são chefes seniores do Hamas responsáveis pelo planejamento, apoio e execução do ataque terrorista.

“As acusações reveladas hoje são apenas uma parte do nosso esforço para atacar todos os aspectos das operações do Hamas. (…) Essas ações não serão as últimas”, disse o Procurador-Geral Merrick Garland em um comunicado em vídeo.

Ex-número 2 do Hamas, Yahya Sinwar ascendeu ao maior cargo no grupo terrorista após o então chefe Ismail Hanyeh ter sido morto em bombardeio em Teerã, capital do Irã, no final de julho. O Irã, aliado do Hamas, acusou Israel pelo assassinato, mas os israelenses não assumiram a autoria do ataque.

Sinwar está no topo da lista dos mais procurados do Hamas por Israel. Acredita-se que o terrorista tenha passado a maior parte dos últimos 10 meses vivendo em túneis sob Gaza, e não se sabe ao certo quanto de contato ele tem com o mundo exterior.

Além de Haniyeh, outros comandantes do Hamas foram acusados pelos EUA. Entre eles estão:

 

– Marwan Issa, o vice-líder da ala armada do Hamas em Gaza, que ajudou a planejar o ataque de 7 de outubro;

– Khaled Mashaal, outro vice de Haniyeh e ex-líder do grupo terrorista;

– Mohammed al-Masri Deif, um dos principais organizadores do dia 7 de outubro, e

Ali Baraka.

 

Segundo o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, todos os réus possuem controle sobre braços diferentes do Hamas, como os setores político e militar. As investigações apontam que eles orquestraram, supervisionaram e apoiaram a campanha de terrorismo do Hamas durante décadas.

Um dos principais atos de terror da campanha do Hamas, de acordo com os Estados Unidos, foi o ataque de 7 de outubro de 2023. Naquele dia, terroristas invadiram Israel e provocaram a morte de mais de 1.200 pessoas, sendo que outras 251 vítimas foram sequestradas.

Um levantamento da AFP indica que 64 reféns vivos continuam sob o poder do Hamas. Além disso, os terroristas guardam os corpos de outras 70 pessoas que foram sequestradas e morreram. Os demais reféns foram libertados nos últimos meses.

No domingo (1º), seis corpos foram recuperados pelas Forças de Defesa de Israel. Segundo os militares, todos foram mortos pouco antes da chegada das forças israelenses

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