Ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de operação da PF
Ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de operação da PF
Ação investiga adulteração em cartão de vacinação.
Publicado em 03/05/2023 - 10:04 Por Agência Brasil - Brasília
O ex-presidente
Jair Bolsonaro é um dos alvos da Operação Venire que investiga adulteração em
cartões de vacinação. A residência do ex-presidente foi alvo de um dos mandados
de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, na manhã desta
quarta-feira (3). Os agentes também recolheram o celular de Bolsonaro.
“Nunca
falei que tomei a vacina [de covid-19]. Nunca me foi pedido cartão de vacinação
nos EUA. Não existe adulteração de minha parte”, disse o ex-presidente ao
deixar sua residência em Brasília, acompanhado de seus advogados de defesa.
Estão sendo
cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva
em Brasília e no Rio de Janeiro.
Ao conversar
com jornalistas na saída de sua casa, Bolsonaro disse que optou por não tomar a
vacina após ler a bula do imunizante: “eu não tomei a vacina. Foi uma
decisão pessoal minha, depois de ler a bula da [vacina] Pfizer.”
Ele informou
ainda que sua filha Laura Bolsonaro também não tomou a vacina. No Twitter, a
ex-primeira-dama Michele Bolsonaro comentou a ação.
“Hoje a
PF fez uma busca e apreensão na nossa casa, não sabemos o motivo e nem o nosso
advogado não teve acesso aos autos. Apenas o celular do meu marido foi
apreendido. Ficamos sabendo, pela imprensa que o motivo seria
“falsificação de cartão de vacina” do meu marido e de nossa filha
Laura. Na minha casa, apenas EU fui vacinada.”
Entre os
seis detidos na manhã de hoje está o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de
ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação foi confirmada pela defesa
do ex-assessor.
Operação
Venire
Por meio de
nota, a corporação informou que também está sendo feita análise do material
apreendido durante as buscas e a realização de oitivas de pessoas que detenham
informações sobre o caso.
“As
inserções falsas, que ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022,
tiveram como consequência a alteração da verdade sobre fato juridicamente
relevante, qual seja, a condição de imunizado contra a covid-19 dos
beneficiários”, destacou a PF.
“Com isso,
tais pessoas puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e
utilizá-los para burlarem as restrições sanitárias vigentes impostas pelos
poderes públicos (Brasil e Estados Unidos) destinadas a impedir a propagação de
doença contagiosa”, completou.
Ainda
conforme a corporação, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento
identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso
voltado aos ataques à vacinação contra a covid-19”.
Matéria ampliada às 10h10 Edição: Denise Griesinger