Explosões perto do STF: imprensa internacional repercute o caso e cita encontro do G20 no Brasil
Explosões perto do STF: imprensa internacional repercute o caso e cita encontro do G20 no Brasil
Artefatos foram detonados no estacionamento do Anexo IV da Câmara dos Deputados e em frente ao STF, na noite de quarta-feira (13). Um homem morreu na Praça dos Três Poderes.
Por Ederson Hising, g1
A morte de
um homem após uma explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), na
Praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite de quarta-feira (13), repercutiu
na imprensa internacional. Boa parte dos veículos destacou a proximidade da
cúpula do G20, no Rio de Janeiro, que receberá diversos líderes mundiais.
Momentos
antes, outras explosões aconteceram em um carro que estava no estacionamento do
Anexo IV da Câmara dos Deputados. O intervalo entre as explosões nos dois
locais foi de 20 segundos. Até a última atualização desta reportagem, o corpo
de Francisco Wanderley Luiz não havia sido retirado do local.
No momento
do incidente, ocorriam sessões na Câmara e no Senado, que foram suspensas. A
sessão do STF já havia terminado, e ministros e servidores foram retirados em
segurança. O presidente Lula não estava mais no Planalto — e não houve ordem
para evacuar o prédio.
A Polícia
Federal (PF) abriu inquérito para investigar as explosões, que será enviado ao
ministro do STF Alexandre de Moraes. Um inquérito sobre o caso também foi
aberto pela Polícia Civil do Distrito Federal.
Veja
abaixo a repercussão do caso fora do país:
O jornal
“The New York Times”, dos Estados Unidos, noticiou que explosões
perto do STF deixaram um morto. Segundo o veículo, as autoridades tratavam as
explosões em Brasília como obra de um “bombardeio solitário” cometido
pelo homem que morreu.
A reportagem
afirmou que “muitos brasileiros de direita veem o Supremo Tribunal Federal
como uma ameaça à democracia, argumentando que está perseguindo vozes
conservadoras”.
O veículo
também destacou a proximidade da cúpula do G20 no Rio de Janeiro (RJ), que
receberá o presidente dos EUA, Joe Biden, e outros líderes mundiais.
O veículo
espanhol “El País”, da Espanha, destacou que “duas explosões com
um morto” colocaram o “coração político do Brasil em alerta
máximo”. A reportagem também abordou a proximidade da cúpula do G20 e
relembrou o ataques de 8 de janeiro.
“Imagens
da Praça dos Três Poderes rodaram o mundo quando uma multidão de seguidores do
ex-presidente Bolsonaro invadiu à força as sedes do Poder Executivo,
Legislativo e Judiciário. Mais de 200 extremistas que participaram do ataque
foram julgados e condenados a longas penas por tentativa de golpe de Estado,
entre outros crimes”, noticiou.
O jornal
“Le Monde”, da França, noticiou que as explosões na Praça dos Três
Poderes “levantam temores de um ataque contra as instituições”.
O veículo
destacou que o homem que morreu em frente ao STF era apoiador do ex-presidente
Jair Bolsonaro. A reportagem também citou a proximidade da cúpula do G20 no
Brasil.
‘The
Guardian’, Reino Unido
A reportagem do jornal inglês “The Guardian” destacou no título a proximidade da cúpula do G20 no Brasil nos próximos dias e afirmou que o caso gera “preocupações de segurança antes da reunião de líderes globais”.
‘La
Nación’, Argentina
O jornal
argentino “La Nación” noticiou uma “forte operação” após as
explosões na Praça dos Três Poderes que deixaram um morto. A reportagem
relembrou os ataques de 8 de janeiro, o encontro do G20 e informou também que a
“grande questão para os investigadores será determinar os motivos das
explosões”.
O canal Al
Jazeera, do Catar, destacou que uma pessoa morreu depois de explosões relatadas
perto do STF e que, após o incidente, os chefes dos poderes mantiveram contato
e que funcionários do governo expressaram preocupação.
O veículo
também informou que o caso aconteceu às vésperas da chegada de 55 delegações de
40 países diferentes e 15 organizações internacionais para o encontro do G20.
‘Deutsche
Welle’, Alemanha
O jornal
alemão “Deutsche Welle” disse que “explosões foram ouvidas do
lado de fora do Supremo Tribunal Federal” e que “um homem se matou
com uma bomba” após tentar tentar entrar no prédio.
“Nos
últimos anos, o Supremo Tribunal Federal se tornou alvo de ameaças de grupos de
extrema direita e apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro devido aos seus
esforços para coibir a disseminação de desinformação”, informou.