F1: Alonso perde e recupera pódio no GP da Arábia Saudita; entenda

F1: Alonso perde e recupera pódio no GP da Arábia Saudita; entenda

Espanhol caiu para quarto ao receber segunda penalização da noite, após o fim da corrida. Aston Martin entrou com petição e FIA reestabeleceu pódio original: Pérez, Verstappen e Alonso.




Por Redação do ge — Jidá, Arábia Saudita 19/03/2023 19h41 - Atualizado há 12 horas

Mais que a vitória de Sergio Pérez, o GP da Arábia Saudita foi marcado por uma enorme confusão referente ao pódio de Fernando Alonso, da Aston Martin. O bicampeão chegou em terceiro, posição que lhe daria o 100º pódio na F1, mas caiu para quarto após a direção de prova aplicar uma segunda ao espanhol punição na corrida. Horas depois do fim da prova, entretanto, a sanção foi revertida e o pódio, reestabelecido.

Fernando recebeu sua primeira punição em Jidá, de 5s, por se posicionar de forma incorreta no colchete de largada. Em meio ao cumprimento desta pena, um mecânico da Aston Martin encostou com o macaco na traseira do AMR23.

O regulamento não permite qualquer trabalho nos monopostos antes do cumprimento total da pena – ou seja, ninguém poderia encostar no carro antes do fim dos 5s.

Por isso, a direção de prova aplicou uma nova punição, agora de 10s, que fez George Russell herdar a terceira posição de Alonso. A mudança só foi anunciada após o fim da corrida; Fernando já havia, inclusive, participado da cerimônia de premiação.

Inicialmente, a FIA alegou que houve acordo, estabelecido em reunião prévia, de que a posição do macaco poderia equivaler a trabalho no carro. Por outro lado, nenhum trabalho foi feito de fato no AMR23 de Alonso. Por isso, os comissários optaram pela pena de 10s em vez da desclassificação espanhola.

Horas depois, já nas primeiras horas da madrugada saudita, a decisão foi revertida. A Aston Martin entrou com petição e apresentou registros, em vídeo, de toques de macacos em sete carros que cumpriam penas similares à de Alonso, sem que houvesse punição extra. A equipe alegou ainda que não houve acordo que equiparasse a posição do macaco ao ato de “trabalho no carro”.

A FIA acatou a solicitação e o pódio voltou a ser o mesmo visto na pista: Sergio Pérez, Max Verstappen e Fernando Alonso. O desfecho foi positivo para o espanhol, que chegou ao 100º pódio na carreira.

Mas quando ainda estava em quarto, o bicampeão alfinetou o sistema de punições da FIA: “Quando você tem 35 voltas pra aplicar uma punição, mas espera para depois do pódio, é sinal de que algo está realmente errado com o sistema”, disse.

 

Confira a decisão dos comissários da FIA:

“Tendo analisado as provas em vídeo apresentadas e tendo ouvido do representante da Aston Martin, e dos membros relevantes da FIA, os dirigentes determinaram que existiam novas provas significativas e relevantes para desencadear uma revisão da decisão. Ficou claro para nós que o substrato da decisão original, ou seja, a existência de um acordo (que definiria o toque do macaco no carro como um trabalho equivalente à troca de pneus) foi questionada pelas novas provas. Concluímos que não havia um acordo claro em que se pudesse confiar para determinar que as partes tinham concordado que um macaco tocando um carro equivaleria a trabalhar no carro, sem mais. Nessas circunstâncias, consideramos que nossa decisão original de impor uma punição ao carro 14 (Alonso) deve ser revertida, e assim o faremos”, diz um trecho do documento. 

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