FMI se dispôs a ajudar o Brasil no debate do novo arcabouço fiscal
FMI se dispôs a ajudar o Brasil no debate do novo arcabouço fiscal
Fernando Haddad disse que BID também quer contribuir com o debate.
Publicado em 18/01/2023 - 11:12 Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - São Luís
O Fundo
Monetário Internacional (FMI) se colocou à disposição para contribuir com o
debate do novo arcabouço fiscal do país. A informação foi dada pelo ministro da
Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com a diretora-geral do fundo,
Kristalina Georgieva, realizada ontem (17). Segundo o ministro, a instituição
se dispôs a colocar uma equipe técnica para apresentar as regras hoje em vigor
em diferentes países e a opinião do FMI “sobre as que estão dando certo e
as que não”.
Haddad disse
ainda que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) também manifestou
intenção de contribuir no debate.
“O BID
também se colocou à disposição. Muitos economistas brasileiros, a universidade
e os especialistas vão ser chamados a opinar sobre isso”, disse.
Ontem (17),
o ministro disse que pretende encaminhar a proposta da nova âncora fiscal ao
Congresso Nacional até o mês de abril. A proposta deve substituir a atual regra
do teto de gastos, aprovado em 2016.
O teto de
gastos prevê um limite de crescimento dos gastos do governo federal em 20 anos,
de 2017 a 2036. O total gasto pela União a partir de 2016 passou a ser
corrigido pela inflação oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A proposta
de nova âncora fiscal está prevista na Emenda Constitucional da Transição, que
determina que o governo deve encaminhar um projeto de lei complementar ao
Congresso Nacional até agosto.
Atualmente,
o teto de gastos é uma das três regras fiscais às quais o governo tem de
obedecer. Ele tem como objetivo impedir o descontrole das contas públicas. As
outras são a meta de resultado primário – déficit ou superávit -, fixada na Lei
de Diretrizes Orçamentárias de cada ano, e a regra de ouro, instituída pelo
Artigo 167 da Constituição e que obriga o governo a pedir, em alguns casos,
autorização ao Congresso para emitir títulos da dívida pública.
Edição:
Fernando Fraga