Governo indica que país tem saldo positivo de 296 mil empresas até agosto
Governo indica que país tem saldo positivo de 296 mil empresas até agosto
Mapa de Empresas foi atualizado nesta semana, com os resultados do 2º quadrimestre de 2023. Foram abertas 663 mil empresas, enquanto 367 mil fecharam.
Por Raphael Martins, g1
O Ministério
do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) informou nesta
terça-feira (26) que o Brasil atingiu saldo positivo de 296 mil empresas até
agosto de 2023. Trata-se do balanço entre empresas abertas e fechadas no
período, excluindo-se os Microempreendedores Individuais.
A pasta
divulgou os resultados do 2º quadrimestre do Mapa de Empresas, levantamento
feito com base em dados da Receita Federal, juntas comerciais e cartórios.
No período,
o país teve 663.512 empresas abertas, enquanto 367.177 fecharam. O total de
empresas ativas no país passa dos 9,1 milhões.
A divisão
por porte ficou da seguinte forma:
– 497,2 mil
microempresas foram abertas; 298,7 mil, fechadas.
– 95,9 mil
empresas de pequeno porte foram abertas; 32,6 mil, fechadas.
– 70,2 mil
foram abertas na categoria outras; 35,7 mil, fechadas.
Os números
diferem de um levantamento da empresa Contabilizei, publicado pelo g1 no início
do mês. O Mdic imediatamente contestou os números da empresa e agora explica o
que houve.
“Na
extração dos dados, é necessário observar que as empresas optantes pelo regime
do MEI, no momento da baixa (fechamento), são desenquadradas do MEI. Por isso,
na extração de dados abertos do CNPJ, elas figuram no item ‘Não’, do campo
‘Opção MEI'”.
“Dessa
forma, apurando-se somente o que consta no cadastro CNPJ, esses MEIs fechados
vão constam como empresas não-MEI, o que pode ocasionar erro na interpretação
da informação”.
Segundo a
área técnica do Mdic, ao consultar os dados abertos de tabelas do “Simples”, a
data da última situação cadastral da empresa baixada é igual a data de exclusão
do MEI. Essas são as empresas que foram baixadas e, no momento da baixa,
estavam na condição de optante pelo MEI.
Procurada, a
Contabilizei diz que mantém os números apurados, pois seguiu o rito descrito no
manual da Receita Federal para análise. “Esses dados foram extraídos a
partir de uma base pública da Receita Federal (RF), no portal gov.br, seguindo
as diretrizes presentes no dicionário de dados da própria RF”.
MEIs tem outra dinâmica
O g1 decidiu
excluir os CNPJs de Microempreendedores Individuais da conta inicial porque a
dinâmica de um MEI é bastante diferente de uma empresa formada.
Há uma
grande diferença no nível de comprometimento daquele CNPJ em cada um dos casos.
Primeiro porque a abertura de um MEI é bastante facilitada e as taxas de manutenção
são relativamente baratas.
Além disso,
mesmo em caso de inadimplência por parte do MEI, as consequências são brandas,
com multas pequenas sobre a contribuição mensal. Já ao formatar uma
Microempresa (ME) são necessários mais passos burocráticos, mais documentos
apresentados e a contratação de um contador.
Inserindo os
MEIs no levantamento, de janeiro a agosto, foram abertas 2.716.269 milhões de
novas empresas no país, totalizando 21,8 milhões de empresas ativas, segundo o
Mdic.
Já o saldo fica da seguinte forma: abertura de 2,7 milhões, contra o fechamento 1,47 milhão de empresas. O saldo positivo fica em 1,23 milhão entre janeiro e agosto.