Governo lança estratégia econômica para desenvolvimento socioambiental
Governo lança estratégia econômica para desenvolvimento socioambiental
No mundo, estima-se investimento de impacto social além de US$ 1,1 tri.
Publicado em 17/08/2023 - 11:28 Por Fabíola Sinimbú - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva instituiu, por meio de decreto, a Estratégia Nacional
de Economia de Impacto e o Comitê de Economia de Impacto (Enimpacto). A meta é
promover um ambiente favorável ao desenvolvimento econômico por meio de
soluções para problemas sociais e ambientais.
Segundo
dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e
Serviços (MDIC), em todo o mundo são estimados investimentos de impacto social
acima de US$ 1,1 trilhão. Com a pressão de investidores e políticas públicas
voltadas para a economia de impacto, o governo projeta crescimento dessas
atividades no Brasil.
A Enimpacto
prevê metas como a ampliação de investimentos e negócios que gerem resultados
financeiros positivos de forma sustentável, além da geração de dados e aumento
da cultura de avaliação de impacto socioambiental nas instituições, empresas e
negócios.
“A Enimpacto
é uma importante sinalização do governo no sentido de organizar diversas
políticas públicas que contribuem para uma economia mais verde e mais
inclusiva”, diz o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria
do MDIC, Rodrigo Rollemberg.
Para
alcançar essas metas, o decreto prevê a criação do Comitê de Economia de
Impacto, que passa a ser o órgão consultivo para propor, monitorar, avaliar e
articular a implementação da estratégia.
Oferta de capital
Com duração
de dez anos, o colegiado será assessorado por cinco grupos de trabalho que
atuarão nos seguintes temas voltados para a economia de impacto: oferta de
capital, aumento de negócios, organizações intermediárias, ambiente
institucional e normativo e fomento por meio da articulação com estados e
municípios.
O comitê
terá 50 integrantes com 23 representantes de órgãos e entidades, sendo 13
representantes de ministérios e secretarias, seis representantes de
instituições bancárias, um da Comissão de Valores Mobiliários, um do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), um da Empresa
Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e um da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep), além de um representante da Agência Brasileira de
Promoção de Exportações e Investimentos (Apex); um representante do Serviço
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); e 25 representantes
do setor privado, de organizações da sociedade civil, de organismos
multilaterais e de associações. Cada membro terá um suplente.
O Ministério
do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços MDIC vai presidir o comitê,
por meio da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria e as
reuniões serão trimestrais. Os resultados serão apresentados todos os anos na
forma de relatório, junto com as metas para o ano seguinte.
Edição:
Kleber Sampaio