Governo vai lançar pacote de ajuda ao RS, com crédito para reconstrução de casas, diz Haddad
Governo vai lançar pacote de ajuda ao RS, com crédito para reconstrução de casas, diz Haddad
Ministro da Fazenda falou sobre medidas de socorro à população gaúcha, atingida por fortes chuvas nos últimos dias. Governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do estado com a União.
Por Lais Carregosa, g1 — Brasília
O ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (6) que o governo deve
lançar um pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul, que inclui linhas de crédito
bancário para reconstrução de moradias destruídas pelas fortes chuvas e
enchentes.
“A
questão do crédito, vai ter que ter uma linha de crédito específica para
reconstrução de casas das pessoas, nem todo mundo, a maioria das pessoas não
tem cobertura de seguros, então isso tudo vai ter que ser visto”,
declarou.
Haddad
confirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a
Caixa e o Banco do Brasil podem ser agentes de distribuição dessas linhas de
crédito. O ministro tem reunião na terça-feira (7) com a presidente do Banco do
Brasil, Tarciana Medeiros
A intenção é
apresentar alguns cenários ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na
terça-feira (7) e fechar os detalhes do pacote no dia seguinte (8).
Segundo o
ministro, o pacote também inclui o diferimento da cobrança de impostos para
empresas no estado. Ou seja, o adiamento dos prazos para pagamento.
Dívida do estado
Além disso,
o governo também prepara um tratamento diferenciado para a dívida do Rio Grande
do Sul com a União. “É um caso totalmente atípico e precisa de um
tratamento específico”, disse.
De acordo
com Haddad, a dívida do estado vai ser tratada de forma faseada. Isso,
inclusive, já teria sido discutido com os presidentes da Câmara e do Senado,
Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
Porém, em
uma segunda fase, o endividamento do Rio Grande do Sul seria discutido junto à
renegociação da dívida dos estados, em análise pelo governo federal.
“Inclusive
foi objeto de conversa nossa do Executivo com o Legislativo, junto ao presidente
Lira e ao presidente Pacheco, que nós íamos dar um tratamento emergencial para
essa questão e isso não ia nos impedir de depois, na segunda fase, continuar as
tratativas em torno disso”, declarou.
O governo
também discute a abertura de crédito extraordinário –alocação de recursos
extras para atender a despesas inesperadas e urgentes.
Contudo,
Haddad disse que o crédito será “bem centralizado para nós não perdermos a
governança”. Para utilizar os recursos, segundo o ministro, será preciso
aprovação do governo e do Congresso.