Gripe aviária: governo do RS investiga mais de 500 mortes em 1 mês; maioria é mamífero
Gripe aviária: governo do RS investiga mais de 500 mortes em 1 mês; maioria é mamífero
Há três focos confirmados da doença em mamíferos aquáticos no estado, além de um caso confirmado em uma ave.
Por Gustavo Foster, g1 RS e RBS TV
O governo do
Rio Grande do Sul investiga a morte de 552 mamíferos aquáticos, entre leões-marinhos
e lobos-marinhos, cuja suspeita é de gripe aviária.
Os mamíferos
morreram nas seguintes regiões onde há focos da doença:
Cassino
(leões-marinhos);
Santa
Vitória do Palmar (lobos e leões marinhos);
Torres
(leões marinhos).
Focos são
áreas onde a gripe aviária é confirmada em um ou mais animais. Em São José do
Norte, outro foco no Rio Grande do Sul, uma ave marinha morreu.
Os casos
começaram a ser notificados no dia 30 de setembro, e tiveram o resultado positivo
confirmado no dia 3 de outubro, de acordo com o governo.
A gripe
aviária é atribuída a todos os animais encontrados mortos ou doentes, esclarece
a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS.
Não são feitos novos testes em animais de espécies em que a doença já foi
detectada, segundo orientações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
Até o
momento, não há contágio entre humanos ou animais de estimação.
Todos os
animais precisam ser enterrados para evitar que o vírus se espalhe. O governo
do estado alerta para que frequentadores de praias evitarem chegar perto de
animais mortos ou doentes. Também é recomendado evitar levar animais domésticos
para a beira da praia.
Ilha dos lobos
Em
monitoramento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
(ICMBio) na Ilha dos Lobos, refúgio natural de animais marinhos na praia de
Torres, 63 lobos e 2 leões marinhos foram avistados na semana passada. Todos
aparentavam estar bem.
Nesta
semana, porém, os animais não foram mais vistos. “Apesar da redução que
nós vemos na ilha, nós não encontramos essa quantidade de animais mortos aqui
nas nossas faixas de praia e municípios vizinhos, então por isso que a gente
ainda não consegue precisar”, diz a bióloga marinha Helen Borges.
A redução
pode estar relacionada com o período de migrações para outros litorais, segundo
a especialista.