Haddad pede a Lira votação do arcabouço fiscal a partir do dia 15 de maio
Haddad pede a Lira votação do arcabouço fiscal a partir do dia 15 de maio
Ideia inicial do presidente da Câmara era votar o projeto da nova regra fiscal já na próxima semana. Haddad quer que análise da proposta ocorra após viagem ao Japão, para reunião do G7.
Por Ana Paula Castro e Bianca Lima, TV Globo e GloboNews — Brasília
O ministro
da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (3) que pediu ao
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que a votação do projeto do
arcabouço fiscal fique para a terceira semana deste mês, a partir do dia 15.
Haddad deu a
declaração depois de participar de reunião com o deputado alagoano e com o
relator da proposta na Câmara, Cláudio Cajado (PP-BA). Inicialmente, a ideia de
Lira era colocar a proposta em votação na próxima semana, no dia 10 de maio.
Segundo
Haddad, o pedido para deixar a votação para a terceira semana de maio foi feito
em razão da viagem que o titular da Fazenda fará ao Japão na próxima semana,
para participar para participar do encontro de ministros do G7. O retorno do
país asiático está previsto para o dia 15 de maio.
O G7 reúne
os países mais industrializados do mundo. O grupo se reúne anualmente. O
encontro de ministros neste ano ocorrerá na cidade de Niigata, no país
asiático, e ocorre dias antes da cúpula do G7, que acontecerá em Hiroshima.
Haddad
afirmou que o presidente da Câmara também estará fora na próxima semana, em
viagem aos Estados Unidos.
O ministro da Fazenda disse considerar importante estar no Brasil no dia da sessão da Câmara em que a proposta de nova regra fiscal será votada, para eventuais esclarecimentos de dúvidas.
“Como
eu vou estar em viagem na semana que vem, lá pro G7, e o presidente Arthur Lira
também estará viajando, nós fomos acertar com o relator o cronograma de
apresentação do relatório da regra fiscal, e uma data tentativa pra votação, então
demos nossa opinião, fiz algumas ponderações, que foram consideradas, de que a
votação aconteça quando eu e o presidente Arthur Lira quando nós estivermos de
volta, ele dos EUA, eu do Japão, porque obviamente que na reta final pode ter
alguma questão, alguma dúvida, alguma questão de redação, de interpretação,
porque é uma lei muito importante”, afirmou Haddad.
‘Espinha
dorsal alinhada’
Sobre a
reunião que teve com Lira e Cajado, Haddad afirmou que o relator tem recebido
diversas sugestões de mudança na proposta, mas afirmou acreditar que a espinha
dorsal da proposta será mantida, pois está “alinhada”.
“Pelo
que entendi, a espinha dorsal do projeto, que é garantir responsabilidade
fiscal com flexibilidade e inteligência, com trajetória das variáveis macroeconômicas
com horizonte de médio e longo prazo pra investidores continuarem vindo pro
Brasil, isso tá alinhado. Ele vem ouvindo elogios. Estamos fazendo tudo em
parceira com Congresso e com o Judiciário, que tem nos dado razão em vários
temas”, afirmou o ministro da Fazenda.
O projeto
Enviado pelo
governo ao Congresso, o projeto, que precisa ser aprovado no Legislativo,
detalha como metas devem ser alcançadas e o que acontece caso não sejam
cumpridas.
– A meta é
equilibrar arrecadação e gastos, zerar balanço em 2024 e registrar superávit a
partir de 2025
– A proposta
prevê crescimento máximo de gastos de até 70% do crescimento da arrecadação
– Há um
segundo limite de aumento de despesa, de valor entre 0,6% e 2,5% na comparação
com ano anterior
– A medida
permitirá gastos em áreas prioritárias, ampliação de investimentos públicos e
controle da dívida