Homem mata sacristão com facão dentro de igreja no sul da Espanha

Homem mata sacristão com facão dentro de igreja no sul da Espanha

Caso aconteceu em Algeciras, no extremo sul do país. Sacerdote também foi ferido. Promotoria investiga caso como terrorismo.



Por g1 26/01/2023 06h20 - Atualizado há uma hora

Um homem matou um sacristão e feriu um sacerdote com um facão dentro de duas igrejas no sul da Espanha, segundo o Ministério do Interior do país.

Os ataques, inéditos no país europeu, ocorreram na noite de quarta-feira (25) em Algeciras, cidade no extremo sul da Espanha. O criminoso foi detido, e o caso é investigado como terrorismo.

 

Segundo o Ministério do Interior:

O homem entrou primeiro entrou na igreja de San Isidro e atacou com um facão um sacerdote, que ficou gravemente ferido e segue internado em um hospital da cidade;

Na sequência, o criminoso seguiu para outra igreja, a de Nossa Senhora de La Palma, onde esfaqueou o sacristão;

O sacristão conseguiu sair da igreja, mas foi alcançado pelo agressor do lado de fora e novamente esfaqueado;

Um comunicado da ordem religiosa dos salesianos falou de um terceiro ataque à “capela da Europa”, também em Algeciras, mas sem feridos;

O homem foi detido por policiais logo depois e está preso;

O criminoso é um cidadão marroquino e atuou de maneira solitária. A imprensa local afirmou que ele tinha uma ordem de expulsão do país;

O governo espanhol disse ainda não saber a motivação do atentado.

Nenhum grupo terrorista havia reivindicado autoria do ataque até a última atualização desta notícia. Moradores do bairro em que o marroquino apresentava comportamentos agressivos e fundamentalistas nos últimos meses.

Em 2017, um atentado reivindicado pelo grupo terrorista Estado Islâmico no centro de Barcelona deixou 17 mortos e 140 feridos. Na ocasião, um homem invadiu com uma van o principal passeio público da capital catalã, atropelando centenas de pessoas.

Segundo a polícia, o agressor usava uma jelaba, peça de roupa tradicional da região do Magreb, no Norte da África, e “gritou algo” no momento do ataque.

Os três sobreviventes da célula terrorista foram condenados a oito, 46 e 53 anos de prisão.

Ainda assim, o caso já é investigado como terrorismo, segundo o Ministério Público espanhol, e já está na Audiência Nacional, um tribunal superior da Espanha responsável por julgar atos terroristas no país.

O ataque chocou a Espanha, que não tem registro de casos similares dentro de igrejas.

“Quero transferir minhas mais sinceras condolências aos familiares do sacristão falecido no terrível ataque de Algeciras”, escreveu nas redes sociais o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez.

O presidente do governo regional da Andaluzia, no sul, Juan Manuel Moreno, descreveu o ataque como “terrível e devastador”.

A Igreja Católica da Espanha se posicionou sobre o caso.

“Com dor, recebi a notícia dos acontecimentos em Algeciras. Neste momento de tristeza, de sofrimento, nos juntamos às dores das famílias das vítimas e da diocese de Cádiz e pedimos ao Deus da vida e da paz a pronta recuperação dos feridos”, declarou o secretário-geral da Conferência Episcopal, Francisco César García Magán. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *