Ibovespa abre em alta, à espera da divulgação do arcabouço fiscal

Ibovespa abre em alta, à espera da divulgação do arcabouço fiscal

Na véspera, principal índice do mercado de ações brasileiro subiu 1,52%, aos 101.185 pontos.




Por g1 29/03/2023 10h11 - Atualizado há 8 minutos

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em alta nesta quarta-feira (29). O mercado segue em compasso de espera pelo arcabouço fiscal brasileiro, que deve sair nesta semana.

Às 11h, o índice subia 0,16%, aos 101.347 pontos. Veja mais cotações.

Na véspera, o índice teve alta de 1,52%, aos 101.185 pontos. Com o resultado, o Ibovespa passou a acumular perdas de 3,57% no mês e de 7,79% no ano.

 

O que está mexendo com os mercados?

O clima nos mercados internacionais é de alívio, conforme os receios com uma crise mais grave no setor bancário vão se dissipando.

No Brasil, o mercado segue acompanhando desdobramentos da ata do Comitê de Política Monetária, que agradou os agentes pelo tom mais pragmático em relação aos efeitos das medidas do governo sobre as expectativas de inflação.

Segundo o BC, o arcabouço fiscal, nova regra para o gasto público preparada pelo Ministério da Fazenda, pode levar a um processo “mais benigno” de combate à inflação porque ajudaria a melhorar a situação de três fatores: as expectativas de alta dos preços; as incertezas sobre a economia; e o “prêmio de risco” dos ativos, ou seja, a percepção de segurança do investidor estrangeiro sobre investir no Brasil (materializada em indicadores como a taxa de juros e o câmbio).

“O Copom enfatizou que não há relação mecânica entre a convergência de inflação e a apresentação do arcabouço fiscal, uma vez que a primeira segue condicional à reação das expectativas de inflação, às projeções da dívida pública e aos preços de ativos”, disse o BC.

Em relatório aos clientes, a Infinity Asset diz que o recado do Copom foi “duro, direto, endereçou os principais problemas do país”, que é uma inflação de núcleo ainda persistente e com necessidade de um mínimo de previsibilidade para reverter a atual política monetária.

“Para o governo, resta apresentar um plano fiscal que, primeiramente, seja aprovado pelo congresso, pois da maneira em que as coisas estão sendo apresentadas, dá-se a impressão que é simplesmente apresentar o plano e pô-lo em prática e não é”, diz o texto.

O arcabouço, segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) deve ser apresentado nesta semana. Segundo ele, uma reunião “conclusiva” deve ser realizada nesta quarta-feira com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para fechar os últimos pontos ainda em aberto da proposta.

Pela tarde, o mercado espera a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que contabiliza o saldo de vagas formais de emprego no país. 

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