Ibovespa abre em baixa, em dia de decisão do Copom sobre taxa de juros

Ibovespa abre em baixa, em dia de decisão do Copom sobre taxa de juros

No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores de São Paulo subiu 0,72%, a 110.189 pontos.

Por g1 07/12/2022 10h06  Atualizado há 6 minutos

O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, abriu em baixa nesta quarta-feira (7), dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). As expectativas do mercado são de que o colegiado mantenha a Selic, taxa básica de juros, em 13,75% ao anos.

Às 10h13, o índice tinha recuo de 0,42%, caindo aos 109.729 pontos. Veja mais cotações.

No dia anterior, o Ibovespa registrou valorização de 0,72%, a 110.189 pontos. Com o resultado, o índice tem queda de 2,04% no mês. No ano, entretanto, acumula alta de 5,12%.

 

O que está mexendo com os mercados?

Na agenda interna, os investidores aguardam pela definição da nova taxa Selic pelo Copom no início da noite desta quarta-feira. As expectativas do mercado apontam para a manutenção dos juros no patamar de 13,75% ao ano.

 

Em relatório elaborado por Caio Megale e Tatiana Nogueira, os economistas da XP Investimentos destacam que o comunicado a ser divulgado após a reunião do Comitê, junto a nova Selic, deve reforçar um compromisso do BC de continuar acompanhando a dinâmica da inflação no Brasil para a determinação do rumo da política monetária no próximo ano.

Os economistas pontuam que os dados econômicos divulgados desde o último Copom mostraram estabilidade na maioria dos indicadores e trouxeram surpresas baixistas para a inflação.

“Em contrapartida, as discussões fiscais em torno da PEC da Transição aumentaram o risco de gastos maiores do que o esperado no próximo ano, e uma dinâmica de despesas (e de dívida pública) nos anos seguintes. Se esse risco se materializar, as expectativas de inflação de médio prazo (2024) […] podem ficar mais pressionadas”, ressalta o relatório.

Ainda no cenário doméstico, investidores repercutem a aprovação da PEC da Transição pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na véspera. O texto aprovado apresenta três principais mudanças em relação à versão inicial da proposta da equipe de transição do governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.

A primeira delas é o valor do espaço adicional dentro do teto de gastos para custear o Bolsa Família de RS$ 600, mais um auxílio de R$ 150 por criança de até seis anos de idade. Na proposta do governo, esse valor era de R$ 175 bilhões, mas o texto final aprovou R$ 145 bilhões.

Além disso, o prazo de vigência dessas regras do valor extra no teto de gastos para o Bolsa Família caiu de quatro para dois anos. O texto prevê também que o governo eleito terá um prazo de oito meses (até agosto de 2023) para apresentar ao Congresso uma proposta de “novo regime fiscal”.

Agora, a matéria será analisada pelo Plenário da Casa e precisa ser aprovada em dois turnos para seguir para a Câmara dos Deputados.

 

Cenário internacional

No cenário internacional, a principal divulgação do dia veio da Europa. Na zona do euro, o Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre foi revisado para cima, segundo a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia.

O crescimento econômico no bloco foi de 0,3% entre julho e setembro em relação ao trimestre imediatamente anterior, ante alta de 0,2% registrada anteriormente. Na comparação anual, o crescimento foi revisado de 2,1% para 2,3%.

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