Ibovespa opera em queda, à espera de Fed e BC
Ibovespa opera em queda, à espera de Fed e BC
No dia anterior, o principal índice da bolsa de valores subiu 1,03%, a 113.430 pontos.
Por g1 01/02/2023 10h05 - Atualizado há 16 minutos
O Ibovespa,
principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera em queda nesta
quarta-feira (1), à espera das decisões sobre taxa de juros no Brasil e nos
Estados Unidos.
Às 10h06, o
Ibovespa caía 0,11%, a 113.308 pontos. Veja mais cotações.
No dia
anterior, o índice subiu 1,03%, a 113.430 pontos. Com o resultado de hoje, o
índice fecha janeiro com alta de 3,37%.
O que
está mexendo com os mercados?
As decisões
de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados
Unidos) e do Banco Central brasileiro devem orientar os mercados nesta
quarta-feira.
O Comitê
Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve divulga às 16h sua decisão
de política monetária. A taxa básica de juros está entre 4,25% e 4,5% e a
expectativa é de alta de 0,25 ponto percentual, para entre 4,5% e 4,75%. Às
16h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, concede entrevista coletiva para
comentar a decisão.
Será
divulgada ainda pesquisa de criação de empregos no setor privado dos EUA de
janeiro. A leitura anterior foi de abertura de 235 mil vagas de trabalho. A
expectativa é de criação de 178 mil vagas.
Para a
equipe da Rico, os dados apontam para uma contínua desaceleração da inflação
nos EUA. Porém, com o risco de recessão ainda presente, o mercado continua
cauteloso com os ativos de risco.
Para Rafael Scardua, sócio da Matriz Capital, caso realmente haja sinalização de afrouxamento no aumento das taxas de juros nos EUA, os mercados devem reagir positivamente. “Se a decisão abrir espaço para que seja iniciada a queda da taxa de juros, as empresas terão mais espaço para se expandir”.
Já por aqui,
o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia, a partir das 18h30, a decisão
sobre a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic, atualmente em
13,75% ao ano, a ser praticada até 22 de março de 2023. Segundo pesquisa
realizada pelo Valor PRO junto a 106 instituições financeiras consultadas, há
unanimidade de permanência da taxa.
Jaiana Cruz,
planejadora financeira e sócia da AVG Capital, acredita que a queda da Selic
possa se tornar realidade somente a partir do segundo semestre de 2023,
“porque o cenário continua repleto de incertezas”.
“À
medida que começarmos a ver uma inflação menor, o BC vai atuar para que a taxa
de juros seja compatível. Mas hoje temos um cenário de riscos fiscais e, até
que a gente veja a inflação melhorando de fato, acredito que a estratégia
seguirá sendo a de manutenção de juros”, prevê Ricardo Jorge, especialista
em renda fixa e sócio da Quantzed.
Investidores
seguem também de olho nas eleições internas no Congresso nesta semana e para os
próximos passos do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.
Além disso,
a Americanas ainda segue em foco. A B3 informou a saída das ações da empresa de
seus índices depois do anúncio da recuperação judicial, com dívidas de R$ 43
bilhões. Apesar da exclusão dos índices acionários da B3, as ações da companhia
continuam sendo negociadas, e acumulam queda de 81,87% no ano. Na semana, no
entanto, a alta é de 45,83%.