Ibovespa opera instável nesta terça, com queda alta das ações da Petrobras
Ibovespa opera instável nesta terça, com queda alta das ações da Petrobras
Na segunda-feira, principal índice da bolsa de valores de São Paulo subiu 0,81%, a 109.748 pontos.
Por g1 22/11/2022 10h03 Atualizado há 54 minutos
O Ibovespa,
principal índice da bolsa de valores de São Paulo, a B3, opera instável
terça-feira (22) enquanto investidores aguardam a possível formalização da PEC
da Transição nesta semana.
Às 11h20, o
Ibovespa subia 0,05% cotado a 109.698 pontos. Veja mais cotações. Por volta do
mesmo horário, as ações da Petrobras caíam cerca de 4% após o banco UBS BB ter
recomendado venda das ações da empresa.
No dia
anterior, o índice subiu 0,81%, a 109.748 pontos. Com o resultado, o índice
acumula queda de 5,42% no mês, enquanto, no ano, tem alta de 4,70%.
O que
está mexendo com os mercados?
No cenário
internacional, a atenção se volta para a divulgação da ata da reunião de
novembro do Federal Reserve (Fed, BC dos EUA) nesta quarta-feira (23), depois
que algumas autoridades do banco central reiteraram o compromisso de continuar
com o aperto da política monetária até que a inflação esteja sob controle.
A maior
preocupação do mercado segue sendo a inflação, sobretudo nos países
desenvolvidos. James Bullard, dirigente do Fed de St. Louis, afirmou na semana
passada acreditar que as taxas de juros nos Estados Unidos precisam subir, pelo
menos, a um nível entre 5% e 5,25% ao ano para conter o avanço dos preços.
Enquanto
isso, os surtos de Covid-19 na China aumentavam as preocupações sobre uma
possível desaceleração de seu crescimento. O Banco Inter citou em nota
“cautela de investidores à medida que os casos de Covid-19 aumentam e
novos lockdowns vão sendo impostos na China”, bem como desconforto dos
mercados com sinalizações mais duras contra a inflação de autoridades do banco
central dos Estados Unidos.
Na Europa,
as ações subiam nesta terça, sustentadas por uma recuperação nos papéis de
petróleo após perdas na sessão anterior, com os investidores avaliando sinais
mistos de autoridades do Banco Central Europeu (BCE) sobre sua postura em
relação às taxas de juros.
No cenário
local, investidores se mantêm atentos aos próximos passos em relação à PEC da
Transição. No fim de semana, o senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) protocolou
uma PEC da Transição alternativa, que reduziria de R$ 198 bilhões para R$ 70
bilhões a ampliação necessária ao teto de gastos para garantir a manutenção do
Bolsa Família em R$ 600 mensais e assegurar o adicional de R$ 150 por criança
às famílias.
Com um valor
acima do teto de gastos bem menor que o previsto na PEC original, o mercado,
reagiu de maneira mais positiva nesta semana e o índice subiu na segunda-feira
(21). Durante o dia, investidores devem seguir acompanhando as declarações de
membros da equipe de transição e parlamentares que negociam a PEC.
Além disso,
a ala econômica da equipe do presidente eleito Lula aceitou incluir um
mecanismo que garanta a adoção de uma nova “âncora” fiscal para o
país. O objetivo é conseguir aprová-la até o fim do primeiro semestre de 2023.
Em entrevista à Globo News nesta manhã, Maílson da Nóbrega, economista sócio da Tendências Consultoria avaliou importância da proposta que está no Congresso. “O teto de gastos é fundamental para a sustentabilidade da política fiscal do país. É bom ter em conta que, para quem investe nos papéis do Tesouro, a preocupação é com a dívida e como ela está crescendo. Enquanto a China tem uma relação dívida/PIB de 20%, o Brasil está perto de 80%”, avaliou o ex-ministro.