Incêndio no Pantanal está controlado, diz Instituto Homem Pantaneiro
Incêndio no Pantanal está controlado, diz Instituto Homem Pantaneiro
Fogo foi causado por fazendeiro que tentava limpar vegetação flutuante.
Publicado por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O incêndio
que, desde o dia 27 de janeiro, estava atingindo a região da Serra do Amolar
(foto), em Mato Grosso do Sul, está sob controle, mas deixou 2,7 mil hectares
destruídos, em uma área considerada Patrimônio Natural da Humanidade.
Segundo o
Instituto Homem Pantaneiro (IHP), “há uma situação de controle do fogo neste
momento. Infelizmente, o incêndio não acabou no sentido que as cicatrizes agora
ficam mais evidentes”.
Localizada
no Pantanal, próxima a Corumbá, a Serra do Amolar contribui significativamente
para a formação de um corredor de biodiversidade e para a proteção ambiental.
Há na região interações de fatores geográficos, climáticos e ecológicos que
criam ecossistemas particulares que não são encontrados em outras partes do
Pantanal.
Plantas e animais
Devido a
várias particularidades, incluindo os seus elementos naturais, geográficos e
ecológicos, a região – com cerca de 80 km de morrarias [coletivo de morros] a
quase mil quilômetros de altitude – tem potencial de abrigar espécies de
plantas e animais que são de exclusividade da Serra do Amolar.
“Além disso,
trata-se de um território considerado uma barreira natural para o fluxo das
águas, que se difere completamente de todo o restante do bioma. Ali existe uma
variedade de terrenos e paisagens, áreas com características de Mata Atlântica,
de Pantanal, de Amazônia, o que resulta na sua riqueza de biodiversidade”,
explica o IHP.
Segundo o
instituto, o incêndio florestal teve início em 27 de janeiro, provavelmente
causado por um pequeno proprietário rural da região. Ele teria iniciado o fogo
quando tentava limpar uma vegetação flutuante chamada bagaceiro. Ao se
aglomerar, essa vegetação cria pequenas ilhas que impedem a movimentação pelo
rio.
“Ele [o
fazendeiro] chegou a ser informado sobre o início das chamas, após constatação
do caso na central de monitoramento que o IHP possui em Corumbá. A Polícia
Militar Ambiental também foi informada sobre o registro do início do incêndio
para atuar na fiscalização”, relatou, em nota, o instituto.
Edição:
Kleber Sampaio