Índice de Confiança do Consumidor recua 2,2 pontos em janeiro, diz FGV
Índice de Confiança do Consumidor recua 2,2 pontos em janeiro, diz FGV
Indicador ficou em 86,4 pontos.
Publicado em 25/01/2023 - 13:28 Por Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Índice de
Confiança do Consumidor (ICC) recuou 2,2 pontos em janeiro e alcançou 85,8
pontos. Em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, o indicador
apresentou queda ao recuar 0,9 ponto, para 86,4 pontos. O resultado foi
divulgado hoje (25) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio
Vargas (FGV/Ibre), que calcula o indicador.
Segundo o
Ibre, a piora das expectativas em relação aos próximos meses contribuiu para a
retração do ICC em janeiro. Enquanto o Índice de Situação Atual (ISA)
permaneceu relativamente estável pelo segundo mês consecutivo, com a variação
de 0,2 ponto, para 71,1 pontos, o Índice de Expectativas (IE) caiu 3,6 pontos,
passando a 96,7 pontos e retomou o nível abaixo da neutralidade.
Ao mesmo
tempo em que o ISA registrou entre os seus quesitos uma piora da satisfação das
famílias sobre a situação econômica, apontou melhora das avaliações sobre as
finanças pessoais. O indicador que mede a satisfação sobre a situação
financeira das famílias cresceu 0,8 ponto, chegando a 64,4 pontos, mas o
indicador relativo às avaliações sobre a situação econômica teve queda de 0,5
ponto, passando a 78,3 pontos. Com isso, apresentou o pior resultado desde
julho de 2022, quando ficou em 77,9 pontos.
No ICC, o quesito que mais influenciou para a queda no mês foi o que mede a perspectiva sobre a situação financeira das famílias nos próximos seis meses. Esse indicador recuou 7,6 pontos e atingiu 97,4 pontos. Outros que recuaram foram os indicadores que medem o grau de otimismo com a situação econômica geral e a intenção de compra de bens duráveis. O primeiro, com queda de 1,7, e o segundo, de 1,2 ponto, passaram respectivamente para 113,4 e 79,6 pontos.
A análise
por faixa de rendas apontou que consumidores de menor poder aquisitivo estão
mais otimistas pelo segundo mês consecutivo, enquanto os de maior seguem com as
expectativas em queda pelo quarto mês consecutivo.
Para a
coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt, o ano de 2023 começa com
nova queda na confiança dos consumidores, e o resultado reflete o pessimismo em
relação aos próximos meses, apesar de as famílias de menor poder aquisitivo
ainda permanecerem otimistas.
“A percepção
sobre a situação atual não se altera muito em relação aos meses anteriores, ou
seja, há uma desaceleração do mercado de trabalho, endividamento e taxa de
juros elevados que continuam diminuindo as intenções de compras nos próximos
meses. Há uma equiparação do nível de confiança entre as faixas de renda, mas
que não significa um resultado favorável, já que todas se mantêm girando em
torno dos 80 pontos, nível baixo em termos históricos”, observou.
Edição: Juliana Andrade