Inflação oficial fica em 0,12% em julho, diz IBGE
Inflação oficial fica em 0,12% em julho, diz IBGE
Alta foi puxada pelo setor de transportes.
Publicado em 11/08/2023 - 09:43 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
O Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial,
ficou em 0,12% em julho deste ano. A taxa ficou acima das observadas no mês
anterior (-0,08%) e em julho de 2022 (-0,68%), segundo os dados divulgados
nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Com o
resultado, a inflação oficial acumula taxa de 2,99% no ano. Em 12 meses, a taxa
acumula alta de preços de 3,99%, acima dos 3,16% acumulados até junho.
A alta da
inflação foi puxada principalmente pelos transportes, que registraram alta de
preços de 1,50% em julho, influenciado principalmente pelo aumento de 4,75% na
gasolina. Também tiveram inflação o gás veicular (3,84%) e o etanol (1,57%),
além da passagem aérea (4,97%) e os automóveis novos (1,65%).
“A gasolina
é o subitem de maior peso na cesta do IPCA, então a alta de mais de 4% da
gasolina foi o maior impacto do IPCA de julho. Se excluísse a gasolina do
índice, o IPCA teria sido de -0,11%, menor do que o IPCA do mês passado”,
destaca o pesquisador do IBGE André Almeida.
Os alimentos
continuaram registrando deflação (queda de preços), ajudando a evitar uma alta
maior do IPCA. O grupo alimentação e bebidas registrou variação de -0,46%,
puxado por itens como feijão-carioca (-9,24%), óleo de soja (-4,77%), frango em
pedaços (-2,64%), carnes (-2,14%) e leite longa vida (-1,86%).
Outro grupo que registrou deflação importante foi habitação (-1,01%), devido principalmente à queda de 3,89% na energia elétrica residencial.
A queda da
tarifa das contas de luz nas residências, aliás, foi o subitem que mais
contribuiu para frear a inflação. “A queda na energia elétrica está relacionada
à incorporação do bônus de Itaipu, que foi creditado nas faturas emitidas no mês
de julho”, explicou Almeida.
Entre os
outros grupos de despesa, quatro tiveram inflação: artigos de residência
(0,04%), saúde e cuidados pessoais (0,26%), despesas pessoais (0,38%) e
educação (0,13%). Comunicação teve estabilidade de preços e vestuário
apresentou deflação (-0,24%).
Edição: Maria Claudia