Inverno que se aproxima será atípico; El Niño trará temperaturas e chuvas acima da média em parte do país
Inverno que se aproxima será atípico; El Niño trará temperaturas e chuvas acima da média em parte do país
Sul terá grandes volumes de chuva, enquanto secas são previstas para o Norte e Nordeste. No Sudeste, as temperaturas ficam até 2°C mais quentes do que o esperado.
Por Júlia Putini, g1 19/06/2023 00h01 - Atualizado há 27 minutos
O inverno,
que chega oficialmente na quarta-feira (21), deve ser marcado tanto por
temperaturas acima da média quanto por chuvas volumosas. Isso acontecerá
principalmente nas regiões Sul, Norte e Nordeste, áreas do país mais impactadas
pelo El Niño, fenômeno meteorológico que eleva as temperaturas.
É esperado
um aumento de 1°C a 2°C acima do esperado, o que parece pouco, mas implica em
temperaturas bem acima dos valores típicos para o trimestre (junho, julho e
agosto).
Segundo
Bruno Kabke Bainy, meteorologista do Cepagri/Unicamp, até o final de junho, no
entanto, o Centro-Sul do país deve manter temperaturas abaixo da média, em
virtude da potente massa de ar polar que influenciou o clima no país na última
semana.
No Sul, a
expectativa é de grandes volumes de precipitação, principalmente entre Rio
Grande do Sul e Santa Catarina (chuvas até 50 a 100 milímetros acima da média).
Na faixa
Norte e Nordeste do país, especialmente na região equatorial, são esperadas
secas. Isso se deve também à influência do El Niño, que dificulta a passagem de
frentes frias para além da região sul do país,
É a época da
passagem de frentes frias, mas o impacto deve ser menor ou menos duradouro do que
uma situação mais típica.
No Sudeste,
a expectativa é de um inverno um pouco mais quente em comparação com a média da
época, o que não significa que haverá calor comparável ao verão.
Nas demais
áreas, a previsão sazonal de chuvas é mais inconclusiva, mas sem indicativos de
anomalias expressivas (seja para chuvas muito acima ou muito abaixo da média).
Ainda segundo o meteorologista Bruno Bainy, em julho, os dias voltam a ter mais horas de duração, com as temperaturas subindo timidamente em relação a junho. Em agosto, essa elevação será mais relevante em decorrência da aproximação da primavera.