Joe Biden tem problemas de memória, diz promotor ao arquivar acusação contra presidente dos EUA
Joe Biden tem problemas de memória, diz promotor ao arquivar acusação contra presidente dos EUA
Acusação era sobre Biden ter levado documentos sigilosos para casa ao sair da vice-presidência do governo dos EUA, em 2017. Segundo o promotor, o presidente não se lembrava de datas importantes, como o ano em que seu filho Beau Biden morreu ou quando ele deixou o cargo de vice-presidente dos EUA.
Por g1
O promotor
especial Robert Hur determinou nesta quinta-feira (8) que o presidente Joe
Biden, dos Estados Unidos, não será processado criminalmente por ter levado
documentos sigilosos para casa ao sair da vice-presidência do governo dos EUA,
em 2017.
Biden foi
vice-presidente de Barack Obama durante dois mandatos consecutivos, de 2009 a
2012 e de 2012 a 2017. Quando ele deixou o posto, ele levou embora material
sigiloso e não devolveu até que o caso foi descoberto. O promotor especial, no
entanto, concluiu que a evidência não prova a culpa do atual presidente dos
EUA.
Hur também
afirmou que Biden tem problemas de memória.
Ele escreveu
que a memória do presidente dos EUA estava “significativamente limitada” quando
Biden deu entrevista para a equipe da promotoria especial.
“Nós
consideramos que em um julgamento, Biden provavelmente se apresentaria aos
jurados, como foi o caso na nossa entrevista, como um senhor de idade
bem-intencionado, simpático e com uma memória fraca”, disse ele.
De acordo
com o promotor, as conversas com Biden eram muito lentas, e que ele parecia ter
dificuldade para se lembrar de eventos e também de ler suas próprias anotações.
Em uma
entrevista no escritório da promotoria especial, ele não se lembrou de quando
foi vice-presidente –em uma ocasião, ele se esqueceu qual foi a data do fim de
seu mandato, e em outra, a do início.
Ele também
teve dificuldade para se lembrar de quando seu filho Beau morreu (foi em 2015)
e por que o debate sobre o Afeganistão foi importante para ele mesmo.
Biden também
se confundiu em relação a um de seus aliados na era de Barack Obama no governo:
ele afirmou que ele e o general Karl Eikenberry eram adversários políticos, mas
na verdade os dois foram parceiros.
Outros problemas de memória
Na noite de
quarta-feira (7), Biden erroneamente a uma conversa que teve com Angela Merkel
em 2021 como tendo ocorrido com o falecido chanceler alemão Helmut Kohl, que
morreu em 2017, sua segunda confusão nesta semana.
Em uma
recepção em Nova York que arrecadou dinheiro para sua candidatura à reeleição,
Biden, de 81 anos, citou Kohl em vez de Merkel, que estava no poder na época da
conversa relatada, a cúpula do G7 em 2021.
A referência
ocorreu quando Biden estava falando sobre o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao
Capitólio dos EUA por partidários do então presidente Donald Trump, que está
concorrendo à indicação presidencial republicana este ano.
“Quando
fui eleito presidente, fui a uma reunião do G7 com os sete chefes de Estado da
Europa e da Grã-Bretanha. Sentei-me e disse: “Bem, os Estados Unidos estão
de volta”, e o presidente da França olhou para mim e perguntou: “Por
quanto tempo?” Nunca pensei nisso dessa forma”, disse Biden.
“Então
Helmut Kohl, da Alemanha, olhou para mim e disse: ‘O que o senhor diria, sr.
presidente, se pegasse o London Times amanhã de manhã e soubesse que mil
pessoas haviam arrombado as portas do Parlamento britânico e matado algumas
[pessoas] pelo caminho'”, disse Biden.
A Casa
Branca não fez nenhum comentário imediato sobre a confusão.
Outros casos
No início
desta semana, ao falar sobre a cúpula do G7 de 2021, Biden confundiu o
presidente francês, Emmanuel Macron, com o falecido François Mitterrand, que
esteve no poder de 1981 a 1995 e morreu em 1996.
Trump, de 77
anos, também identificou pessoas erroneamente, recentemente confundindo a
oponente republicana Nikki Haley com Nancy Pelosi, a democrata da Califórnia
que foi presidente da Câmara dos Deputados quando ele estava no poder.