LeBron reconhece erro de Kyrie, mas considera punição excessiva

LeBron James saiu em defesa de Kyrie Irving, banido de jogar após um post antissemita, nas redes sociais. O astro do Los Angeles Lakers reconheceu o erro de Kyrie ao promover um discurso de ódio, mas acredita que o colega já se desculpou e deveria poder voltar a jogar. Para James, as exigências do Brooklyn Nets para Kyrie voltar são “excessivas”.

Em suas redes sociais, LeBron afirmou que o certo a se fazer seria ajudar Kyrie a aprender, mas o jogador deveria poder voltar as quadras. James ainda afirma que o ex-companheiro de Cleveland Cavaliers “não é essa pessoa que estão afirmando que ele é”.

– Eu disse para vocês que eu não acredito em compartilhar informações que possam ferir alguém. E eu continuo a pensar assim, mas Kyrie já se desculpou e ele deveria poder jogar. É isso o que eu acho. É simples. Ajudem ele a aprender, mas ele deveria estar jogando. O que ele foi exigido de fazer para voltar para as quadras é excessivo, na minha opinião. Ele não é essa pessoa que estão afirmando que ele é. Enfim, vou voltar para minha sessão de recuperação – escreveu LeBron.

De acordo com o jornalista norte-americanoo Shams Charania, o pedido de desculpas de Kyrie estava entre uma das exigências do Brooklyn Nets para que Kyrie retornasse às quadras. No entanto, o jogador ainda teria que lidar com uma doação de 500 mil dólares para instituições contra o discurso de ódio, treinamentos sobre antissemitismo e “tópicos sensíveis”, encontrar-se com líderes judaicos e um encontro com o dono dos Nets, Joe Tsai.

Por outro lado, o comissário da NBA, Adam Silver, defendeu o cumprimento das punições por Kyrie. O representante da liga teve uma conversa com o jogador no início desta semana. Silver afirmou que tem “certeza que ele não é antissemita”, mas que existe um processo a ser seguido pelo jogador antes de voltar a jogar.

Toda a polêmica de Irving começou após o jogador postar um link para o filme “Hebrews to Negroes: Wake Up Black America”, de 2018, baseado no livro de mesmo nome. A obra foi descrita como “venenosamente antissemita” pela revista Rolling Stone, que destacou trechos que insinuam que “muitos famosos judeus de alto escalão admitiram adorar Satanás ou Lúcifer”.

Vale lembrar que essa não é a primeira polêmica em que Kyrie se envolve. No ano passado o jogador se recusou a tomar vacina contra a covid-19 e não pode jogar as partidas em casa do Brooklyn Nets, já que o estado de Nova York exigia o comprovante de vacinação para a entrada na arena. Kyrie também era multado a cada dia que não tomava o imunizante.