Líderes na Câmara se reúnem nesta segunda em busca de acordo para a nova regra fiscal
Líderes na Câmara se reúnem nesta segunda em busca de acordo para a nova regra fiscal
Encontro deve reunir técnicos e relator na Câmara, Cláudio Cajado. Projeto já foi aprovado nas duas Casas, mas deputados ainda analisam mudanças feitas pelos senadores.
Por Luiz Felipe Barbiéri, g1 — Brasília
Líderes
partidários na Câmara se reúnem nesta segunda-feira (13) em mais uma etapa para
tentar destravar a votação do novo arcabouço fiscal, uma das prioridades do
governo Lula.
O encontro
está marcado para 19h, na residência oficial da Câmara. Além dos líderes, a
reunião terá a presença de técnicos e do relator do projeto, deputado Cláudio
Cajado (PP-BA).
Os deputados
já analisaram o texto, mas o conteúdo foi alterado no Senado, por isso retorna
para nova votação na Casa.
O presidente
da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o projeto só não foi
enviado à sanção, porque os parlamentares ainda debatem as mudanças feitas
pelos senadores, mas o adiamento tem contornos políticos.
PP e
Republicanos negociam ministérios no governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva.
Como o espaço que cada partido ocupará ainda não foi oficializado, Lira tem segurado a votação do texto até a definição sob o argumento de que o projeto ainda não tem consenso entre os parlamentares.
Negociações
As siglas já
escolheram os dois nomes que ocuparão os ministérios: Silvio Costa Filho
(Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA). Ainda falta acertar, no entanto, quem
vai sair para acomodar os novos aliados.
Até o
momento, as discussões giram em torno de mudanças na Caixa Econômica Federal,
que seria entregue ao comando do PP, e do Ministério do Esporte, que iria para
o Republicanos.
O PP também
pressiona para assumir o Ministério do Desenvolvimento Social. O governo
resiste a este ponto, porque a pasta é responsável pelo Bolsa Família, maior
vitrine da gestão Lula.
A formatação
também inclui o desmembramento do Ministério de Portos e Aeroportos, e até a
criação de novas pastas.
Mudanças no Senado
Os senadores
excluíram das limitações do novo regime fiscal:
– o Fundo
Constitucional do Distrito Federal, destinado ao investimento em segurança,
saúde e educação no DF;
– o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), principal fonte de
financiamento da educação básica;
– e gastos
com ciência e tecnologia de forma geral.
Na Câmara, o texto aprovado previa um novo cálculo de correção e a aplicação do novo marco fiscal ao montante destinado ao fundo do DF. Os senadores retiraram os trechos.