Luxa elogia time, pede confiança à torcida e diz que Corinthians briga por vaga na Libertadores

Luxa elogia time, pede confiança à torcida e diz que Corinthians briga por vaga na Libertadores

Treinador aprovou o desempenho da equipe na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, a primeira nesta passagem pelo clube.





Por Ana Canhedo — São Paulo 28/05/2023 19h29 - Atualizado há 14 horas

O técnico Vanderlei Luxemburgo aprovou o desempenho do Corinthians na vitória por 2 a 0 sobre o Fluminense, neste domingo, na Neo Química Arena, a primeira dele neste retorno ao clube (foram oito jogos de jejum). De quebra, o Timão deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.

– O que falava e cobrava internamente é que temos de competir. Quando iguala na competição, aflora o talento. Eles têm talento. O Fluminense é muito bem treinado e pode ganhar o Brasileirão. Se a gente não competisse, não conseguiria o resultado. Enfrentamos uma equipe que sabe jogar bola e conseguimos trazê-los para o nosso campo “marcado”, o time estava bem distribuído na entrada da área.

– Encontramos o espaço do Yuri e do Róger, que se buscaram bastante no jogo, tivemos a finalização de fora do Maycon, tivemos a volta do Renato. Tem que ter o passe preciso quando congestiona a entrada da área. Essa vitória é um percentual meu de 30% e 70% dos jogadores, eles construíram a vitória porque competiram no jogo. Competiram mais no segundo tempo, roubamos bolas e criamos contra-ataque pela roubada. A competição no segundo (tempo) foi mais o que esperamos deles – afirmou Luxemburgo.

Em entrevista concedida depois da partida, o comandante pediu para os torcedores confiarem no trabalho desenvolvido e voltou a reforçar a projeção para o time no fim do ano: a briga por uma vaga na próxima edição da Conmebol Libertadores.

– O importante é mudar o que pode objetivar na frente. Por mais das derrotas que tivemos, vejo o Corinthians disputando vaga de Libertadores, e continuo afirmando isso. Competimos como tem que competir na nossa casa, é o Corinthians. É um trabalho em busca de coisa grande – afirmou o treinador.

– Saímos da zona de rebaixamento, a vitória dá uma tranquilidade. Dá para falar da confiança, o Renato voltou, o departamento médico quase vazio, isso é bom. O Yuri passou uma bola para o Róger e fez o gol. O Róger foi passar para o Yuri, mas olha como a coisa começa a mudar, a bola entrou – acrescentou.

No discurso pós-jogo, Luxemburgo aproveitou a entrevista para pedir confiança no trabalho desenvolvido. A primeira vitória depois de mais de um mês alivia a pressão às vésperas do duelo de quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o Atlético-MG, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

– Falamos para quem está vendo o trabalho. Futebol é muito difícil. Eu tinha combinado com o Paulinho, contra o Argentinos Juniors, que ele jogaria meio tempo. Ele encaixou ali como se estivesse jogando naquela posição, e perdi o jogador. Às vezes o outro jogador machuca, é muito complicado – disse.

– O importante é saber o que queremos fazer. Temos jogadores da base importantes como Pedro, Wesley, Felipe, o Biro, que está na seleção, que podem ser coadjuvantes. A torcida pode acreditar no trabalho – afirmou o treinador.

Diante do Atlético-MG, o Corinthians vive situação complicada na disputa por um lugar nas quartas do torneio nacional. A equipe perdeu por 2 a 0 a primeira partida, no Mineirão, e precisa vencer por três gols de diferença para avançar no tempo regulamentar.

 

Apoio da torcida

– A torcida sabe identificar o time com vontade. Corinthians é Corinthians. Assim é complicado, quando começa a crescer é um foguete. Queria falar de um jogador que não viajou com a gente, não pôde jogar, o Cássio, ele perdeu 3,5kg, está com uma gripe forte e foi o Cássio que conhecemos, guerreiro, determinado, fazendo vitórias interessantes. Antigamente eu discutia mais com vocês, hoje estou mais calmo. Temos um jogador preparado para o Cássio, quando parar, assumir a vaga (Carlos Miguel). Cássio, mesmo “debilitado”, gosta decisão. Ele quer participar, queria elogiar o Cássio. É o capitão da equipe e é exemplo. Pode até entrar amarrado, mas tem que jogar.

 

Corinthians estava com “medo” de ganhar?

– Não acho. É uma mudança de trabalho, ajeitando uma série de circunstâncias. O Corinthians, em instabilidade, é complicado, até os experientes sentem. Eu vim aqui e conversei, isso é assunto interno. Aconteceram muitas mudanças boas, mas a maior é de comportamento dentro do jogo, independente de quem vai jogar. A vitória ia chegar e chegou em uma das melhores trabalhadas do futebol brasileiro.

 

Projeção do duelo com o Atlético-MG

– Não vou falar o time e o esquema. Temos um jogo decisivo, não vou falar o que vou fazer. Me permite discordar, eu não marquei o Fluminense em cima. O campo aumentou 16 metros hoje, que é a linha da grande área. O jogo começa lá com o goleiro, e o Fernando Diniz gosta que vá marcar em cima para abrir o campo. Não marquei o Flu em cima, eu competi no segundo tempo. Tínhamos que tirar a bola, não chegar confortável no nosso campo. Roni e o Fausto encostaram mais nas costas do Yuri e do Róger, se ir lá na frente marcar o Fluminense é complicado. A Fifa autoriza que a bola não precisa sair da bola para ter jogo. Podemos trabalhar a saída de bola também, mas são muitas coisas que você pode trabalhar para ganhar esses metros favoráveis para você.

 

Renato Augusto

– Foi legal. Renato é muito querido pelos jogadores, uma liderança do elenco. Ele está perto de uma palestra. Ele entrou faltando 20 minutos, então o time construiu, o time que começou jogando. Maycon arriscou de fora da área, até então não arriscava. Chegada do Renato é boa porque traz confiança.

 

Yuri Alberto e Róger Guedes

– A parte defensiva foi importante com Róger e Yuri, porque a primeira marcação começa com o atacante. Eles marcaram e competiram, quando chefa na defesa chega mais macia. O problema era o time todo. Veja a origem do gol, porque às vezes a origem é importante, em cima do goleiro ou em cima do zagueiro. Uma equipe competitiva no todo, se o zagueiro falhar faz parte, mas ela vai chegar mais macia lá. Fomos competitivos em todos os setores. Nunca vi o Yuri e o Róger sem conversar, nunca vi. Eu ia reparar se tivesse alguma coisa com ele, sou macaco velho. Eles buscam um ao outro. Yuri poderia entrar e fazer o gol, deixou a bola entrar. Essa parceria tem tudo para crescer, e fico satisfeito.

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