‘Marco histórico’, ‘conquista coletiva’ e ‘passo fundamental’, diz Lula sobre regulamentação da reforma tributária
'Marco histórico', 'conquista coletiva' e 'passo fundamental', diz Lula sobre regulamentação da reforma tributária
Presidente, que se recupera de cirurgias em São Paulo, publicou mensagem em rede social. Câmara conclui votação nesta quarta; regras adicionais da tributária seguem para sanção.
Por Guilherme Mazui, g1 — Brasília
O presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou em uma rede social, nesta quarta-feira
(18), a conclusão da votação no Congresso Nacional do principal projeto de
regulamentação da reforma tributária.
O texto,
entre outros temas, trata da alíquota máxima dos novos impostos que vão
substituir o sistema atual de taxação sobre o consumo; dos itens da cesta
básica que terão imposto mais baixo (ou zero); e do “imposto do
pecado”, que encarece produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
A Câmara deve concluir nesta quarta a votação dos últimos trechos do texto – que já tinha passado por lá, mas voltou após mudanças feitas pelos senadores.
O projeto
vai em seguida para a sanção de Lula, que pode confirmar o conteúdo na íntegra
ou vetar trechos.
Na postagem,
Lula afirmou que a aprovação do texto é um “marco histórico”, um
“passo fundamental” e uma “conquista coletiva”.
“A
aprovação da regulamentação da Reforma Tributária é um marco histórico. Após 40
anos de discussões, conseguimos construir e aprovar uma proposta que vai
garantir um sistema tributário mais simples, eficiente, justo e
transparente”, escreveu Lula.
“É um
passo fundamental para impulsionar o desenvolvimento econômico, atrair
investimentos, fomentar a competitividade do setor produtivo e reduzir as
desigualdades sociais e regionais. Esta é uma conquista coletiva, fruto de
diálogo, cooperação e compromisso entre diferentes setores da sociedade, do
Poder Executivo e do Congresso Nacional e que posiciona o país em um caminho
mais próspero e sustentável”, completou.
A reforma
tributária foi aprovada em 2023 pelo Congresso. Neste ano, o governo se dedicou
na votação do primeiro projeto de regulamentação, proposta que tratou de
impostos cobrados sobre o consumo.
Após
mudanças no texto, a Câmara calcula que a alíquota dos futuros impostos
unificados sobre o consumo ficará em torno de 27%, próximo ao que o governo
quer.
Para 2025, o
governo planeja aprovar a regulamentação dos impostos cobrados sobre a renda. O
governo quer aprovar a isenção de imposto de renda para quem recebe até R$ 5
mil.
Articulação
remota
Lula
articulou a votação da regulamentação da reforma com os presidentes da Câmara,
Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, em meio aos embates provocados sobre
a liberação das emendas parlamentares, provocados pela decisão do ministro
Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal.
O Planalto
conseguiu destravar a liberação das emendas, o que facilitou a aprovação do
texto.
Lula,
contudo, teve de deixar Brasília na reta final da negociação por causa da
cirurgia à qual foi submetido, na semana passada, para drenar um líquido
acumulado na cabeça após a queda que sofreu em novembro.
Os ministros
Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações
Institucionais) cuidaram da negociação com parlamentares.