Mercado eleva para 1,68% projeção do crescimento da economia em 2023
Mercado eleva para 1,68% projeção do crescimento da economia em 2023
Inflação deve ficar em 5,69% este ano, segundo Boletim Focus.
Publicado em 05/06/2023 - 10:11 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília
A previsão
do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu
de 1,26% para 1,68%. A estimativa está no boletim Focus de hoje (5), pesquisa
divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os
principais indicadores econômicos.
Para o
próximo ano, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e
serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,28%. Em 2025 e 2026, o
mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,7% e 1,9%, respectivamente.
Já a
previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) –
considerada a inflação oficial do país – caiu de 5,71% para 5,69% neste ano.
Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4,12%. Para 2025 e 2026, as
previsões são de 4%, para os dois anos.
A estimativa
para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida
pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para
2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para
baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no
último relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da
meta em 2023 é de 83%.
A projeção
do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta
prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5
ponto percentual.
Em abril, influenciado pelo aumento dos preços de remédios, o IPCA ficou em 0,61%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é inferior à taxa de março, de 0,71%. Em 12 meses, o indicador acumula 4,18%.
O IPCA do
mês passado será divulgado na quarta-feira (7). Mas, em maio, o Índice Nacional
de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, ficou
em 0,51%.
Taxa de
juros
Para
alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a
taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política
Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado, e é o
maior desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Para o
mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao
ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano.
Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 9% ao ano, para os
dois anos.
Quando o
Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida,
e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito
e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores
na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de
inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas
também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o
Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e
estimulando a atividade econômica.
Por fim, a
previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar está em R$ 5,10 para o
fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique
em R$ 5,16.
Edição:
Maria Claudia