Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024
Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024
Expectativa é que Selic chegue a 12% neste ano, segundo Boletim Focus.
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
O mercado
financeiro trabalha com expectativas de alta em todos os índices que compõem o
Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. No caso do
Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil),
a previsão é de que a economia do país crescerá 3,39% em 2024.
Para os anos
subsequentes (2025 e 2026), a expectativa é de crescimento de 2%. No boletim da
semana passada, o mercado previa que o PIB brasileiro fecharia o ano corrente
com um crescimento de 3,22%. Há quatro semanas, a previsão era de que o país
cresceria 3,1%.
No segundo
trimestre do ano, o PIB surpreendeu, subindo 1,4% em comparação com o primeiro
trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta ficou em 3,3%.
IPCA,
dólar e Selic
Expectativas
de alta também para a inflação, para a Selic e para a cotação do dólar. Para o
mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a
inflação oficial do país) deve fechar 2024 em 4,84%, percentual acima da
previsão divulgada na semana passada (4,71%) e há quatro semanas (4,62%). Para
2025 e 2026, e expectativa é de que a inflação do país fique em 4,59% e 4%,
respectivamente.
Já a taxa
básica de juros apresentou alta de 0,25 ponto percentual nas expectativas do
mercado, passando de 11,75% para 12%. Quando o Copom aumenta a taxa Selic, a
finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque
os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
No entanto,
os bancos consideram outros fatores, além da Selic, na hora de definir os juros
cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas
administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da
economia.
Quando a
taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com
incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e
estimulando a atividade econômica.
Com relação
à moeda norte-americana, as projeções do mercado financeiro para a cotação ao
final do ano passaram de R$ 5,70, na semana passada, para R$ 5,95. Há quatro
semanas, o mercado trabalhava com a expectativa de o dólar fechar o ano a R$
5,55. Para 2025, o mercado projeta que a moeda feche o ano valendo R$ 5,77; e
para 2026, as projeções são de que o dólar fique cotado a R$ 5,73.