Milei, Massa e Bullrich, favoritos nas eleições na Argentina, encerram campanhas; votação é no domingo
Milei, Massa e Bullrich, favoritos nas eleições na Argentina, encerram campanhas; votação é no domingo
Milei lotou uma casa de shows em Buenos Aires, Patricia Bullrich fez eventos em três cidades do interior, e Sergio Massa aproveitou um evento tradicional dos peronistas para encerrar sua campanha.
Por g1
No domingo
(22) acontece o primeiro turno das eleições presidenciais na Argentina e as
campanhas terminaram na quarta-feira (18) no país. Os três candidatos com mais
chances, Javier Milei, Patricia Bullrich e Sergio Massa , fizeram atos para
marcar o fim do período.
Em agosto,
aconteceram as primárias, na qual os eleitores escolhem em qual das coligações
querem votar. Essa escolha é tida como uma indicação da preferência do
eleitorado. Por isso, se diz que Milei ficou em primeiro.
Os
resultados dessa primeira votação foram os seguintes:
– Javier
Milei, deputado federal de extrema direita, em primeiro, com 29,86%;
– A
coligação de Patricia Bullrich, ex-ministra de Segurança de Macri, em segundo
com 28%;
– A frente
política de Sergio Massa, o atual ministro da Economia, em terceiro com 27,27%.
Na
Argentina, as prévias são obrigatórias para todas as coligações, mesmo que haja
um único pré-candidato –foi o que ocorreu com Javier Milei, que não enfrentou
ninguém nas primárias de seu partido. Já Bullrich e Massa tiveram adversários
internos nas primárias.
Milei lotou casa de shows
O candidato
de extrema direita, Javier Milei, fez um evento em uma casa de shows em Buenos
Aires, a Movistar Arena. Cerca de 15 mil pessoas compareceram ao evento. O
público levou máscaras do candidato e cartazes que simulavam notas de dólares
gigantes com o rosto de Milei.
Milei foi o
vencedor das primárias na Argentina, com 29,86% dos votos, e é considerado o
favorito para vencer o primeiro turno no domingo.
Nos últimos
meses ele fez campanha eleitoral levando uma motosserra para os atos, para
simbolizar o corte de gastos governamentais que ele promete. No encerramento de
campanha, no entanto, não teve motosserra.
O discurso
foi parecido com o dos últimos meses: ele criticou “a casta de políticos
ladrões”, e voltou a apresentar o mercado como a solução para todos os problemas,
inclusive os sociais.
No fim, ele
terminou com um de seus slogans: “Viva a liberdade, caralho”.
A candidata
da frente Juntos pela Mudança, que representa a direita tradicional na
Argentina, passou em três cidades do interior da Argentina: Santa Fe, Lomas de
Zamora e Rio Cuarto.
Na
terça-feira, ela já havia feito seu encerramento de campanha na cidade de
Buenos Aires, onde ela deve ter sua melhor votação.
Nos últimos
dias ela se apresentou junto de Horácio Larreta, o prefeito de Buenos Aires. Os
dois se enfrentaram nas primárias, e ela venceu.
No fim da
campanha, Bullrich afirmou que Larreta será o chefe de seu gabinete, caso ela
seja eleita.
Massa: o pior passou
Sergio Massa
é o ministro da Economia e também o candidato governista à presidência. Ele é
um peronista –ou seja, ele se vincula ao movimento político de herdeiros do ex-presidente
Juan Domingo Perón.
Os
peronistas comemoram o Dia da Lealdade em 17 de outubro –em 1945, nessa data,
milhares de trabalhadores conseguiram a libertação de Perón, que estava preso
pelo governo da época.
Massa aproveitou a comemoração do Dia da Lealdade para fazer o evento de encerramento de sua campanha. Ele fez o comício em conjunto com o atual governador da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que busca a reeleição.
Do lado de
fora, havia bandeiras com os rostos dos ex-presidentes Néstor e Cristina
Kirchner (agora vice-presidente, que não compareceu ao evento), assim como de Che
Guevara e Diego Maradona.
Massa aposta
em ir para o segundo turno com Javier Milei.
O candidato
governista reivindicou a soberania das Ilhas Malvinas, defendeu a luta pelos
direitos humanos e reafirmou o número de 30 mil desaparecidos deixados pela ditadura
estimado por organizações humanitárias, todos temas questionados por Milei
durante a campanha eleitoral (Milei propôs para as Malvinas uma solução
semelhante à de Hong Kong e disse que os desaparecidos foram pouco mais de 8
mil).