Ministério da Saúde investiga casos de febre Oropouche no Acre
Ministério da Saúde investiga casos de febre Oropouche no Acre
Pacientes tiveram o diagnóstico da doença confundido com dengue.
Publicado por Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Uma equipe do Ministério da Saúde está no Acre esta semana para revisar casos contabilizados como dengue, mas que, na verdade, são de febre Oropouche, segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel (foto).
A febre
Oropouche também é transmitida por mosquitos, sobretudo pelo Culicoides
paraensis e pelo Culex quinquefasciatus, conhecidos popularmente como maruim.
Os sintomas, muito parecidos com os da dengue, duram entre dois e sete dias e
incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na
lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos,
erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.
A orientação
da Secretaria de Saúde do Acre é que a população tome medidas similares à de
prevenção da dengue, como utilizar mosquiteiros; usar roupas compridas de forma
que cubram braços e pernas; instalar telas em portas e janelas; usar repelente;
e permitir que os agentes das prefeituras borrifem as casas com substâncias que
inibem a proliferação e circulação de mosquitos.
“Cabe
destacar que a febre do Oropouche foi descrita pela primeira vez na década de
60, mas não há, até o momento, registros de mortes associadas à doença.
Conforme o Ministério da Saúde, não existe tratamento específico nem vacina
para a febre do Oropouche, portanto, pacientes infectados devem permanecer em
repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico”, destacou a
secretaria em nota.
Dengue
No início de
janeiro, o Acre declarou emergência em saúde pública em razão de uma explosão
de casos de dengue. Dados do painel de monitoramento de arboviroses do
Ministério da Saúde apontam 6.498 casos prováveis da doença e nenhuma morte
confirmada. O índice de incidência da dengue no estado é de 782 casos para cada
grupo de 100 mil habitantes.
Edição:
Aline Leal