Mortes no terremoto na Turquia e na Síria passam dos 35 mil; ONU diz que buscas podem estar chegando ao fim
Mortes no terremoto na Turquia e na Síria passam dos 35 mil; ONU diz que buscas podem estar chegando ao fim
Tremor completou uma semana, e, embora trabalhos de busca estejam mais lentos, sobreviventes ainda são encontrados.
Por g1 13/02/2023 06h45 - Atualizado há 25 minutos
O número de
vítimas fatais do violento terremoto de 6 de fevereiro na Turquia e na Síria
chegou a 35.225, de acordo com os dados oficiais atualizados nesta
segunda-feira (13).
O terremoto
de 7,8 graus de magnitude provocou 31.643 mortes no sul da Turquia, informou a
Autoridade de Gestão de Desastres e Emergências (AFAD). As autoridades sírias
registraram 3.581 mortos na Síria.
Também nesta
segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) disse que, a partir de
agora, a tendência é que a busca por sobreviventes esteja chegando ao fim.
Agora, disse a ONU, o foco deve ser voltar a garantir abrigo e condições
básicas aos sobreviventes e desabrigados.
Ainda assim,
nesta madrugada uma menina de quatro anos e uma mulher foram resgatadas com
vida após uma semana debaixo dos escombros.
Fase mais
lenta de resgate
Os esforços
de resgate entraram em uma fase mais lenta, e as populações dos dois países têm
discutido quem são os culpados pela falta de trabalhadores especializados nesse
tipo de tarefa.
A Justiça da
Turquia afirmou que está iniciando processos judiciais contra 130 pessoas que,
supostamente, participaram de incorporações de imóveis que foram construídos
com má qualidade e de forma ilegal, sem observar as regras de engenharia que os
tornariam mais resistentes a tremores de terra.
A Turquia
tem códigos de construção que atendem aos padrões atuais de engenharia sísmica,
mas esses raramente são aplicados. Essa é uma das razões por que milhares de
prédios caíram de lado ou desabaram sobre os residentes.
O ministro
da Justiça do país, Bekir Bozdag, disse que três pessoas já foram presas
enquanto aguardam julgamento, sete foram detidas e outras sete foram impedidas
de deixar o país.
Bozdag
prometeu punir qualquer um dos responsáveis, e os promotores começaram a
coletar amostras de edifícios para testar os materiais usados nas construções.
Os terremotos foram fortes, mas vítimas, especialistas e pessoas em toda a
Turquia estão culpando a má construção por multiplicar a devastação.