Mulheres indianas atearam fogo em casa de suspeito de agressão sexual em Manipur

Mulheres indianas atearam fogo em casa de suspeito de agressão sexual em Manipur

Ele supostamente arrastou duas mulheres pelas ruas e incitou uma multidão a estuprá-las, disse a polícia local. A agressão sexual ocorreu há mais de dois meses, mas chamou a atenção nacional depois que um pequeno vídeo se tornou viral nas redes sociais no início desta semana.



21/07/2023 07h54 - Atualizado há 2 horas

Mulheres no estado de Manipur, no nordeste da Índia, atacaram a casa do principal suspeito em um caso de agressão sexual que enfureceu o país em maio, disse a polícia na sexta-feira (21).

Ele supostamente arrastou duas mulheres pelas ruas e incitou uma multidão a estuprá-las, disse a polícia. A agressão sexual ocorreu há mais de dois meses, mas chamou a atenção nacional depois que um pequeno vídeo se tornou viral nas redes sociais no início desta semana.

O principal suspeito, morador do estado de Manipur, foi preso na quinta-feira horas depois que o primeiro-ministro Narendra Modi condenou a suposta agressão como “vergonhosa” e prometeu uma ação dura.

Três outras pessoas também foram presas e um policial disse estar rastreando pelo menos 30 outras pessoas envolvidas no crime.

“As mulheres atiraram pedras e queimaram algumas partes da casa pertencente ao principal acusado”, disse Hemant Pandey, um alto oficial da polícia na capital Imphal. “Pedimos às mulheres que protestem pacificamente, mas entendemos sua raiva”.

Protestos foram planejados em várias partes da Índia por grupos de direitos humanos exigindo justiça e investigações rápidas sobre o incidente.

A agressão sexual foi relatada pelas vítimas em maio, depois que os confrontos étnicos começaram em Manipur. A luta foi desencadeada por uma ordem judicial de que o governo deveria considerar estender os benefícios especiais usufruídos pelo povo tribal Kuki também à população majoritária Meitei.

Pelo menos 125 pessoas foram mortas e mais de 40 mil fugiram de suas casas desde o início da violência.

“Queremos saber por que a polícia falhou em agir rapidamente quando soube que mulheres foram estupradas”, disse Radhika Burman, uma estudante da cidade de Calcutá, no leste do país, que liderou uma manifestação pública na quinta-feira.

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