Mutirão para negociação de dívidas com bancos e varejo começa hoje
Mutirão para negociação de dívidas com bancos e varejo começa hoje
Programa é coordenado pela Senacon.
Publicado em 24/07/2023 - 11:16 Por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A partir
desta segunda-feira (24), os brasileiros com contas atrasadas, de qualquer
natureza ou valor e independentemente de sua renda, poderão recorrer aos órgãos
de defesa do consumidor de estados e municípios a fim de negociar suas dívidas.
Coordenado
pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, e batizado de Renegocia!, o mutirão nacional se estenderá
até o dia 11 de agosto. A iniciativa visa auxiliar os cidadãos em dificuldades
financeiras antes que suas dívidas superem suas capacidades de pagamento.
“Estamos
começando hoje [segunda-feira] o mutirão de renegociação de dívidas”, anunciou
o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ao participar da
coletiva de imprensa sobre a operação que a Polícia Federal (PF) deflagrou esta
manhã, no Rio de Janeiro, para deter o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa,
suspeito de envolvimento na morte da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL),
em 14 de março de 2018.
“Importante
frisar que temos a participação de aproximadamente 250 Procons estaduais e
municipais [no Renegocia!]. Este mutirão é importante e se estenderá pelas
próximas semanas”, acrescentou o ministro.
O mutirão
nacional para renegociação de dívidas acontece pouco mais de um mês após o
governo federal lançar o Programa Emergencial de Renegociação de Dívidas de
Pessoas Físicas Inadimplentes, o Desenrola Brasil.
Em junho, o Palácio do Planalto editou o Decreto 11.567/2023, elevando de R$ 303 para R$ 600 a quantia mínima da renda de qualquer cidadão brasileiro que deve ser preservada em caso de negociações de dívidas atrasadas.
De acordo
com a Senacon, o Renegocia! e o Desenrola Brasil são ações complementares. A
diferença entre as duas ações é que no Renegocia! não há um valor limite para a
dívida e nem restrição de renda dos consumidores que queiram negociar não só
dívidas bancárias, mas também com lojas e serviços como água e luz. Ficam de
fora do programa apenas as dívidas com pensão alimentícia, crédito rural e
imobiliário, que não podem ser repactuadas.
Já no
Desenrola Brasil, foram definidas duas faixas de adesão ao programa. A faixa 1
é para quem tem renda mensal de até dois salários mínimos, o que atualmente
soma R$ 2.640, e ainda para devedores inscritos no Cadastro Único para
Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Para esse grupo, a dívida não
pode ultrapassar R$ 5 mil. A faixa 2 atende aos devedores com renda mensal de
até R$ 20 mil, e que podem quitar as dívidas de forma parcelada, a partir de 12
prestações.
Além de
promover a mediação entre credores e devedores, a Senacon também promove
educação financeira e conscientização sobre o consumo de crédito responsável. O
objetivo é incentivar os consumidores a refletirem sobre suas finanças pessoais
e adotarem práticas que evitem o superendividamento, tais como o planejamento
financeiro e o consumo consciente.
A Senacon já
dispõe de um canal dedicado a fornecer informações e orientações sobre o
superendividamento no Brasil, incluindo seus principais conceitos e dicas
práticas para evitar e superar essa condição.
Edição:
Fernando Fraga