Nova onda de calor deverá atingir regiões do Brasil nesta semana
Nova onda de calor deverá atingir regiões do Brasil nesta semana
Inmet emite aviso laranja de perigo devido às altas temperaturas.
Publicado por Daniella Almeida - Repórter da Agência Brasil - Brasília
A estação
mais quente, o verão, ainda nem chegou e as temperaturas voltarão a subir em
áreas de 15 estados, mais o Distrito Federal, a partir de meio dia desta
quinta-feira (14) até 19h de domingo (17). O Instituto Nacional de Meteorologia
(Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, publicou, na manhã
desta terça-feira (12), o aviso laranja de perigo devido à nona onda de calor
de 2023.
A cor
laranja é do aviso intermediário de uma escala de riscos que varia de amarelo
ao vermelho. Esta sinalização indica situação meteorológica perigosa, quando as
pessoas devem se manter vigilantes e informadas regularmente sobre as condições
meteorológicas previstas.
Localidades em alerta laranja
Para ser
considerada onda de calor, a temperatura máxima do dia deve registrar 5°
Celsius (°C) acima da média daquela localidade, por um período de três a cinco
dias.
De acordo
com o instituto, as altas temperaturas serão verificadas nas regiões
Centro-Oeste, Sudeste e Sul e parte do Norte e Nordeste. Os estados que serão atingidos pelo intenso
calor e que estão nesta zona de perigo são os da região Centro-Oeste (GO, MT,
MS e DF), os três da região Sul (SC, RS, PR), da região Sudeste (MG, SP, RJ,
centro e noroeste do Espírito Santo). Na região Nordeste, os alertas de calorão
vão para os moradores da faixa oeste da Bahia, além do sul do Piauí e do
Maranhão. Já no Norte, a onda de calor atingirá o centro-sul do Tocantins e
áreas de Rondônia. As temperaturas poderão alcançar os 39° C, em algumas
cidades brasileiras. A previsão do Inmet aponta que, já nesta terça-feira, a
umidade relativa do ar deverá ficar em torno de 40% no Centro-Oeste e 30% no
Sul do Brasil
Causas
A
meteorologista do Inmet, Naiane Araújo, aponta um conjunto de fatores
responsáveis pelo fenômeno climático caracterizado pelo aumento anormal das
temperaturas por um certo período. “Nos próximos dias, a chance de chuva já
começa a diminuir novamente, principalmente, a partir da quinta-feira, devido a
uma massa de ar mais quente e seco, que vai quebrar esse canal de umidade,
justamente nesta época do ano, quando nos aproximamos do verão, que é uma época
mais quente do ano. Conforme a gente tem o céu aberto, mais ensolarado, com a
ausência de nuvens e de chuva, as temperaturas disparam mesmo”.
A
meteorologista aponta que o fenômeno natural El Niño é um motivo a mais para
aumentar os termômetros, mas não é o único. “O El Niño é um agravante. A gente
teve a configuração do fenômeno ao longo dessa primavera e, durante o verão,
deve persistir. Quando se configura um El Niño, o fenômeno bagunça o regime de
chuva na área central do Brasil e tem um impacto muito claro nessa elevação das
temperaturas também. Então, ele é um combustível a mais, sem dúvida alguma.”
Riscos
Os recordes
de temperatura aumentam os riscos de incêndios e prejuízos à agropecuária, com
a perda de produção e mortes de animais.
A sensação
térmica muito alta também pode provocar riscos à saúde, como insolação em
diferentes graus. Os mais vulneráveis e que precisam de mais atenção são
pessoas idosas, bebês e crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas,
como problemas renais, cardíacos, respiratórios ou de circulação; além da
população em situação de rua.
Para a
população em geral, para se proteger da insolação, o Ministério da Saúde
recomenda hidratação, resfriamento e proteção do sol e calor. A pasta preparou
um guia com dicas básicas sobre como lidar com as temperaturas extremas, entre
elas:
· beber águas e sucos com frequência, mesmo
quando estiver sem sede;
· evitar bebidas com álcool, açucaradas e os
refrigerantes;
· evitar refeições pesadas e condimentadas;
· ingerir refeições leves, como saladas e
frutas, a exemplo de melancia, melão e laranja;
· permanecer em locais mais frescos e
arejados: à sombra, com ar condicionado ou ventilador;
· manter os ambientes úmidos com umidificadores
de ar, toalhas molhadas ou baldes de água.
· usar
roupas com tecidos e modelos frescos para deixar a pele respirar;
· tomar banhos frios ou com temperaturas mais
baixas;
· evitar mudanças bruscas de temperatura.
· evitar se
expor ao sol nos horários mais quentes, assim como não realizar atividades
físicas nestes intervalos, principalmente, ao ar livre;
· usar protetor
solar, óculos escuros e chapéus.
Aos tutores
dos animais domésticos, especialistas recomendam.
· manter a água dos animais sempre fresca,
limpa e disponível. Pedras de gelo podem ser acrescentadas ao líquido;
· não caminhar com os animais em piso quente
para não queimar as patas;
· evitar passeios em horários de pico de
temperatura;
· não deixar os pets expostos ao sol;
· avaliar o uso de ar condicionado no local
onde o pet fica;
· verificar
os comportamentos do animal;
· se necessário, procurar um veterinário.
Insolação
Quando o
corpo não dissipa bem o calor, pode ocorrer a insolação em diferentes graus. O
corpo humano dá sinais deste aumento prejudicial da temperatura e um
profissional de saúde deverá ser procurado. Os níveis de insolação e seus
sinais são:
· insolação
leve: muito suor e câimbras;
· insolação
moderada: fraqueza, dor de cabeça, enjoo, vômito e irritabilidade;
· insolação
grave: confusão mental; tonturas; pele quente e seca; e até perda da
consciência.
Neste caso,
a orientação é chamar o mais rápido possível o Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU 192). A ligação para o telefone 192 é gratuita e o serviço
público funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Enquanto os
socorristas não chegam, o acompanhante deve buscar um lugar fresco e poderá
esfriar o corpo da pessoa com panos úmidos ou spray com água.
Para mais
informações, acesse o guia de informações do Ministério da Saúde.
Edição:
Valéria Aguiar