Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria passa de 5 mil

Número de mortos em terremoto na Turquia e na Síria passa de 5 mil

Condições climáticas nas regiões afetadas na Turquia dificultaram o acesso das equipes de resgate, segundo vice-presidente turco Fuat Oktay.



Por g1 07/02/2023 06h16 - Atualizado há 57 minutos

Imagem aérea em Hatay, na Turquia, mostra prédio que caiu para trás após terremoto de magnitude 7,8 na Turquia e na Síria, em 6 de fevereiro de 2023. — Foto: Umit Bektas/ Reuters

A contagem oficial de mortos por conta do maior terremoto em 80 anos na Turquia e na Síria, na madrugada de segunda-feira (6), já passa de 5.000.

Mais de 30 horas após o tremor, que durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria, milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas.

O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na manhã desta terça-feira, o vice-presidente da Turquia, Fuat Oktay, disse que o número de mortos em seu país por conta do tremor aumentou para 3.419. Na Síria, o balanço de mortos é de 1.612.

 

Até agora, se sabe que:

O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria.

O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros, e, portanto ele foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países.

O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície – esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada.

O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países.

Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas.

Horas depois do tremor principal, outro de magnitude de 7,5 atingiu a mesma região.

Outras cerca de 50 réplicas também foram registradas.

Segundo o último balanço do governo turco, 3,419 pessoas morreram na Turquia.

Na Síria, foram 1.612 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU.

Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas.

Segundo o governo turco, mais de 45 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel (leia mais abaixo).

 

Frio

Resgate de vítimas do terremoto em Iskenderun, na Turquia, na noite desta segunda-feira (6). — Foto: Umit Bektas/Reuters

O inverno no Hemisfério Norte – que provoca temperaturas negativas na região – deve ser um dos grandes desafios nas buscas dos próximos dias.

O vice-presidente turco disse também nesta terça-feira que as condições climáticas severas dificultaram os resgates e o envio de ajuda às regiões afetadas. Ele disse que apenas veículos de resgate e ajuda estão autorizados a entrar ou sair de Hatay, Kahramanmaras e Adiyaman, três das províncias mais afetadas.

As operações de resgate estão se concentrando nessas três províncias e em Malatya, acrescentou Oktay.

 

‘Áreas silenciosas’ preocupam OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, disse nesta terça-feira que está especialmente preocupado com áreas da Turquia e da Síria de onde nenhuma informação havia surgido após o terremoto.

“Estamos especialmente preocupados com as áreas em que ainda não temos informações. O mapeamento de danos é uma maneira de entender onde precisamos focar nossa atenção”, disse Adhanom.

Mais de 45 países, além de organismos internacionais como a própria OMS, enviaram ajuda humanitária ou equipes de resgate para ajudar na busca por sobreviventes na Turquia e na Síria.

 

Brasileiros na Síria: ‘tremor só aumentava’

Os terremotos que atingiram a Síria e a Turquia nesta segunda-feira (6) deixaram brasileiros desabrigados em território turco, de acordo com o conselheiro da Embaixada do Brasil na Turquia Marcelo Viegas. Não há informações sobre brasileiros mortos ou feridos pelos tremores.

Os brasileiros Lucas Saad e Gabriela Waked estavam em Alepo, na Síria, durante o terremoto. Os dois são produtores de conteúdo e estão fazendo uma viagem longa —Gabriela está viajando há dez meses, Lucas está dando uma volta ao mundo. 

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