“O Palmeiras terá dois estádios”: o que Leila Pereira diz sobre assumir a gestão da Arena Barueri

"O Palmeiras terá dois estádios": o que Leila Pereira diz sobre assumir a gestão da Arena Barueri

Empresa do grupo Crefisa está prestes a ser oficializada como a responsável pelo estádio, e a presidente da marca e do Verdão explicou que isto não fará o time jogar menos no Allianz Parque.


Por Thiago Ferri — São Paulo

Restam apenas as assinaturas de contratos para que o grupo Crefisa assuma a gerência da Arena Barueri pelos próximos 35 anos. Uma das empresas do conglomerado de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, venceu a licitação com a prefeitura da cidade.

A dirigente explicou o que este acordo implica no futuro do Palmeiras e o Allianz Parque, já que há uma briga em curso entre o clube e a WTorre, construtora da arena. Segundo Leila, assumir a gestão da Arena Barueri não significa tirar o Verdão mais vezes de sua casa.

– Pegamos a gestão por 35 anos. Já ouvi pessoas dizendo que vou tirar o Palmeiras do Allianz para ir para Barueri, mas eu nunca vou fazer isso. Eu sendo o presidente do Palmeiras sempre vai ser a utilização da arena Barueri como prioridade quando não puder jogar no Allianz. A custo zero. Sem pagar aluguel. Não tem conflito de interesse. O Palmeiras agora tem dois estádios. Alguns clubes não tem nenhum – afirmou.

Desde julho, o Verdão fez um acordo com a prefeitura de Barueri (SP) e tem trabalhado para melhorar as condições do gramado da cidade. Esta foi uma decisão diante da agenda de eventos no Allianz, que ainda deve tirar o time mais vezes de sua casa em novembro.

É provável que jogos do Verdão previstos para novembro também sejam transferidos para a Arena Barueri, quando a tabela do mês for desmembrada. São 12 shows programados no Allianz Parque entre os dias 4 e 26 de novembro, e no mesmo período o Verdão tem compromissos contra Athletico (32ª rodada); Internacional (34ª rodada) e América-MG (36ª rodada).

A divergência nas agendas entre Palmeiras e Real Arenas, braço da WTorre responsável pela gestão do Allianz Parque, é mais um capítulo na briga entre os parceiros.

De acordo com o contrato firmado para a construção do Allianz Parque, está previsto para a construtora fazer o pagamento de 50% do valor bruto da bilheteria dos jogos em outros estádios quando a arena não está disponível, mas a WTorre não tem feito este repasse.

Há, também, a ação movida pelo clube, cobrando R$ 136 milhões em receitas que não foram repassadas pela construtora em eventos, como shows. A empresa contesta a quantia, e o tema está em discussão na Justiça comum. 

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