Opinião: não parece haver uma luz no fim do túnel para o Santos
Opinião: não parece haver uma luz no fim do túnel para o Santos
Peixe tem só duas vitórias nos últimos 10 jogos e se vê cada vez mais longe de sair do Z-4.
Por Bruno Giufrida — São Paulo
A cada
rodada que passa o Santos se complica mais na luta contra o rebaixamento no
Brasileirão. Após a derrota para o Cruzeiro, na última quinta-feira, na Vila
Belmiro, o Peixe viu o Bahia, rival direto nessa briga, abrir quatro pontos de
distância na tabela (o Goiás, que ainda joga na rodada, tem a mesma pontuação
do time de Salvador)
E pelo que
tem mostrado em campo, não parece ter uma luz no fim do túnel para o torcedor
se apegar. O clube parece já ter tentado de tudo – mesmo que mal feito, vale
pontuar – e nada dá resultado.
Na verdade,
tudo parece piorar a cada mudança. Os reforços chegam, e o rendimento da equipe
piora. A diretoria troca de treinador, e o aproveitamento cai. Parece que todas
as decisões são ruins.
Nos últimos
10 jogos, o Santos conseguiu só duas vitórias: 4 a 3 sobre o Goiás e 2 a 1
sobre o Grêmio, ambas na Vila Belmiro. A quantidade de gols sofridos é
assustadora: 23.
A péssima
sequência fez o Peixe se afundar de vez na zona de rebaixamento. Agora, precisa
de pelo menos duas rodadas para sair do grupo que será rebaixado para a Série B
ao fim do campeonato.
Nos últimos
meses, o Santos contratou Tomás Rincón, Jean Lucas, Alfredo Morelos, Maxi
Silvera, Júnior Caiçara, Dodô, Nonato e Julio Furch. E nenhum deles parece ter
condições de comandar a equipe em uma reação no Campeonato Brasileiro.
No que a
torcida pode se apegar neste momento? Apoio não tem faltado, independentemente
dos resultados. O que pode salvar o Santos? Outra mudança de técnico? Mudanças
drásticas na escalação?
Parece que
só um milagre, porque, futebolisticamente, tem sido impossível acreditar em
qualquer mudança do Santos. Depois da vitória por 2 a 1 sobre o Grêmio, o nível
de atuação tem caído a cada partida.
Na última
quinta-feira, contra o Cruzeiro, mais uma noite muito ruim coletiva e
individualmente. Foram muitas decisões erradas do técnico Diego Aguirre, como
deixar Lucas Lima no banco de reservas, sendo que ele é o principal armador da
equipe.
É muito
difícil explicar, também, a escalação de Júnior Caiçara na lateral direita. O
jogador, recém-chegado, mostrou grande dificuldade para marcar Arthur Gomes e
precisou ser substituído no intervalo por já ter cartão amarelo.
Na próxima segunda-feira, o Santos encara o Bahia e pode, se perder, ficar a oito pontos de deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Quem ainda acredita?