PC não vê pênalti de Rafinha em Corinthians x São Paulo e considera falta de Calleri interpretativa

O analista de arbitragem PC de Oliveira analisou as polêmicas do clássico entre Corinthians x São Paulo, do último domingo, pelo Campeonato Brasileiro, e afirmou que não marcaria pênalti de Rafinha sobre o garoto Wesley, nos acréscimos do primeiro tempo.

– Para mim uma disputa de jogo, de contato físico, de busca de referência. Não vejo aquela mão esquerda do Rafinha com impacto suficiente para a marcação de pênalti. Se você considerar esse tipo de impacto para a marcação de um pênalti o seu critério fica muito baixo. A imagem por trás mostra que tanto é uma disputa de espaço que o primeiro a levar o braço é o Wesley. Ele leva o braço direito para ocupar espaço, é permitido no futebol – afirmou o comentarista durante o Seleção SporTV desta segunda-feira.

Outro lance que causou muita discussão foi o gol anulado de Calleri, ainda no primeiro tempo. O atacante são-paulino disputou a bola pelo alto com o lateral-direito Fagner, cabeceou na trave e na volta colocou a bola para o gol.

Bruno Arleu de Araújo, porém, marcou a falta do argentino, o que irritou demais os jogadores e a comissão técnica. Lucas Silvestre, auxiliar técnico do São Paulo, xingou o árbitro por conta da marcação e foi expulso.

– O lance tem margem para a marcação da falta, quando eles estão próximos tem esse choque. O que diferencia um pouco e talvez foi essa interpretação é o deslocamento do Calleri. O Fagner já tinha subido e o Calleri vem por trás e ao subir ele apoia no ombro do Fagner. O fato de ir com as duas mãos no ombro desloca e tem o impacto na ação do Fagner. Interpretativo, da maneira que atuamos e que se pratica na Itália, Liga dos Campeões… Dentro daquilo que é analisado e interpretado não acho nenhum absurdo a marcação.

Ex-lateral, o comentarista Júnior discordou de PC Oliveira:

– O Chulapa tinha 1,90m, eu tenho 1,74m, ele normalmente, quando tinha jogos contra o Flamengo, ele ficava no segundo pau, e eu fugia, porque era quase impossível eu ganhar na disputa, ainda mais se eu tiver em uma posição como estava o Fagner naquele momento. O Calleri é mais alto e vem na impulsão. O cara não pode subir com os braços para baixo. Ele tem que ter o equilíbrio – comentou.

Amarelo e pênalti

Outros dois lances que causaram indignação no São Paulo foram um amarelo dado ao zagueiro Beraldo, no começo do jogo, e um possível pênalti a favor do Tricolor aos 40 minutos do segundo tempo. No lance, Cássio dá um soco na bola, ela bate no braço de Murilo dentro da área e o juiz não foi chamado pelo VAR.

– Não é pênalti. Tem a movimentação do Murilo que claramente foi cabecear a bola. A posição do braço se justifica em função da ação dele em jogar. Ele não está em ação de bloqueio. E o que definitivamente não justifica o pênalti é que a bola vem de um companheiro dele. Não tem como ter outra reação para tirar o braço – disse.

Por fim, o amarelo dado a Beraldo por tocar o braço nas costas de Yuri Alberto foi visto por PC como equivocado:

– Disputa normal, contato muito leve e que não era para amarelo.

O São Paulo prometeu, através de um pronunciamento do diretor de futebol, Carlos Belmonte, no último domingo, que entrará com uma representação na CBF contra todos os lances polêmicos.