PEC da Transição deve ser votada na CCJ do Senado nesta terça-feira
PEC da Transição deve ser votada na CCJ do Senado nesta terça-feira
Proposta assegura recursos para bancar o Bolsa Família no valor de R$ 600 em 2023; Previsão é que plenário avalie o texto na quarta-feira.
Por g1 06/12/2022 06h32 Atualizado há 10 minutos
A PEC da
Transição deve ser votada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado
nesta terça-feira (6) (veja no vídeo acima, do Jornal Nacional, exibido nesta
segunda-feira).
A votação na
CCJ foi confirmada na segunda-feira (5) pelo presidente da comissão no Senado,
Davi Alcolumbre (União-AP). O relator da PEC será o senador Alexandre Silveira
(PSD-MG). A PEC também tem sido chamada de PEC do Bolsa Família, PEC da
Proteção Social e PEC do Furo do Teto.
Após análise
pela CCJ, o texto deve ser votado no plenário do Senado já nesta quarta-feira
(7). Se aprovado, segue para a Câmara dos Deputados.
A PEC prevê
retirar o Bolsa Família das restrições do teto de gastos pelos próximos quatro
anos. A proposta assegura recursos para bancar o programa social no valor de R$
600 em 2023.
O texto
previa que o benefício ficasse fora do teto de gastos por quatro anos. Nesta
segunda, porém, o senador Marcelo Castro (MDB-PI), autor da proposta, afirmou
que é provavel que o período seja reduzido para dois anos (leia mais abaixo).
“Provavelmente,
a PEC será modificada, para [prever] 2 anos [de Bolsa Família fora do teto de
gastos], porque foi apresentada por 4 anos, mas como há muita resistência aos 4
anos, tem um grupo expressivo tanto de senadores quanto de deputados defendendo
1 ano, e os técnicos todos argumentam que deveria ser no mínimo por 2 anos,
estamos trabalhando para que a PEC seja aprovada por 2 anos”, afirmou o
emedebista.
Mudanças
na PEC
Aliados do
presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), costuram acordo para que a
PEC seja promulgada até o próximo dia 16 de dezembro, porque este prazo é
necessário para que as novas regras sejam incorporadas ao Orçamento de 2023 e,
com isso, o Bolsa Família no novo formato possa ser pago a partir de 1º de
janeiro.
Segundo o
senador Marcelo Castro, a ideia de usar o texto para bancar despesas ainda
neste ano e liberar as emendas do orçamento secreto é uma ideia “ainda em
discussão e negociação”.
Além de
assegurar recursos para bancar o Bolsa Família no valor de R$ 600, o texto
apresentado por Marcelo Castro busca recompor o Orçamento de programas
considerados essenciais pela equipe de Lula, de quem Castro é aliado.
Entre outros
pontos, a proposta original autoriza o governo federal a gastar no ano que vem
R$ 198 bilhões fora do teto, valor considerado alto pelos analistas do mercado
pois eleva a dívida pública e gera incertezas sobre as contas do país.
Paralelamente à proposta defendida pelo governo eleito, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) apresentou uma proposta que eleva o teto de gastos em R$ 80 bilhões no ano que vem. Tasso argumenta que o valor garante os R$ 600 do Bolsa Família e permite a recomposição do Orçamento da União.