Pela 1ª vez, Brasil tem mais de 100 milhões de trabalhadores ocupados
Pela 1ª vez, Brasil tem mais de 100 milhões de trabalhadores ocupados
Desemprego de 7,6% é o menor desde 2015, mostra IBGE.
Publicado por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
O Brasil
ultrapassou a marca de 100 milhões de trabalhadores ocupados desde o início da
série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad
Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O
levantamento, divulgado nesta quinta-feira (30), mostra o número recorde de
100,2 milhões de pessoas, um acréscimo de 862 mil nos últimos três meses.
A taxa de
desocupação no trimestre de agosto a outubro ficou em 7,6%, a menor desde o
trimestre encerrado em fevereiro de 2015, quando era 7,5%. O índice representa
recuo de 0,3 ponto percentual em relação à média de maio a julho de 2023. No
mesmo período do ano passado, a taxa era 8,3%.
O número de
desocupados caiu 261 mil, atingindo 8,3 milhões de pessoas, com recuo de 3,6%
ante o trimestre anterior.
Carteira assinada
O número de
empregados com carteira de trabalho no setor privado (excluindo trabalhadores
domésticos) chegou a 37,4 milhões, o maior desde janeiro de 2015. Esse dado
representa saldo positivo de 587 mil pessoas (+1,6%) com carteira assinada nos
últimos três meses.
O número de
trabalhadores por conta própria alcançou 25,6 milhões de pessoas, um aumento de
317 mil (+1,3%) na mesma comparação.
“Isso mostra que tanto empregados quanto trabalhadores por conta própria contribuíram para a expansão da ocupação no trimestre”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.
A taxa de
informalidade foi de 39,1% da população ocupada (ou 39,2 milhões de
trabalhadores informais), estável em relação ao ano passado.
Rendimento
O rendimento
médio real do trabalhador foi estimado em R$ 2.999, com alta de 1,7% em relação
ao trimestre encerrado em junho e de 3,9% ante o mesmo período do ano passado.
É a maior cifra desde o trimestre encerrado em julho de 2020 (R$ 3.152).
O IBGE
atribui essa evolução à expansão continuada entre ocupados com carteira
assinada, ocupação normalmente com rendimentos maiores. “A leitura que podemos
fazer é que há um ganho quantitativo, com aumento da população ocupada, e
qualitativo, com o aumento do rendimento médio”, diz Beringuy.
Edição:
Graça Adjuto