Petrobras pede reconsideração para explorar Foz do Amazonas
Petrobras pede reconsideração para explorar Foz do Amazonas
Recurso foi protocolado nessa quinta-feira (25) no Ibama.
Publicado em 26/05/2023 - 07:26 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A Petrobras
protocolou, nessa quinta-feira (25), no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), um pedido de reanálise da licença
ambiental para exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas. A estatal
quer que o órgão ambiental reconsidere o indeferimento da licença.
A empresa
petrolífera precisa da autorização ambiental do Ibama para iniciar a perfuração
do poço exploratório do bloco FZA-M-059, localizado em águas profundas, a 175
quilômetros da costa do Amapá.
A exploração
é uma fase do empreendimento em que a petrolífera avalia o potencial comercial
do bloco, verificando se a jazida realmente existe e qual o perfil do óleo e
gás existentes ali. Só então a empresa decide se começa a produzir ou não
petróleo naquela área.
No pedido de
concessão da licença ambiental, a Petrobras se compromete a garantir 12
embarcações, sendo duas delas a serem mantidas de prontidão ao lado da sonda
para fazer o recolhimento imediato do óleo eventualmente vazado.
Também são compromissos da empresa manter cinco aeronaves para monitoramento, transporte e resgate, além de 100 profissionais especializados na proteção de animais, estrutura nacional para proteção da costa, articulação com países da região, sistemas avançados de contenção de óleo, sistema de bloqueio de vazamentos de poços (Capping), estrutura dedicada de coordenação e resposta a emergências e tratamento de animais em caso de vazamento.
O
atendimento à fauna em eventuais desastres seria feito por duas bases: uma
existente em Belém e outra no Oiapoque (AP), que será ampliada.
“Trata-se de
uma atividade temporária, de baixo risco, com duração aproximada de cinco
meses. Somente após a perfuração desse poço, se confirmará o potencial do
bloco, a existência e o perfil de eventual jazida de petróleo”, informa a
Petrobras em nota.
Segundo a
empresa, a efetiva produção de petróleo e gás na região dependerá de novo
procedimento de licenciamento ambiental, com estudos e projetos ambientais mais
detalhados.
“A estrutura
de resposta a emergência apresentada pela Petrobras neste projeto é a maior
dimensionada pela empresa no país, maior inclusive do que as existentes nas
bacias de Campos e Santos”, diz a nota da empresa.
O presidente
da companhia, Jean Paul Prates, afirmou que o “processo foi conduzido com a
máxima diligência pelas equipes de sustentabilidade e meio ambiente da
Petrobras, que trabalha desde quando assumiu a concessão da ANP [Agência
Nacional de Petróleo] para executar todas as etapas do programa exploratório da
concessão federal do bloco FZA-M-59”.
Edição: Graça Adjuto