PF e ICMBio desativam garimpos ilegais no Pará
PF e ICMBio desativam garimpos ilegais no Pará
Atividades ameaçavam linhas de transmissão de energia.
Publicado por Alex Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Uma operação
contra o garimpo ilegal deflagrada nesta quarta-feira (17), no Pará, prendeu
sete pessoas acusadas de crimes ambientais. Mais de 70 policiais federais e
servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
participaram da ação, que também contou com o apoio da Polícia Militar do
estado e do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Segundo a
Polícia Federal (PF), os pontos de garimpo alvos da operação funcionavam
ilegalmente em Parauapebas e Curionópolis, no sudeste paraense. Além de efetuar
as prisões em flagrante, os agentes apreenderam equipamentos e atearam fogo em
parte das máquinas que não tinham como remover do local.
De acordo
com a PF, entre o material encontrado no local havia duas pá carregadeira; 16
motores hidráulicos; uma draga e 3 mil litros de óleo diesel. A corporação
estima que o prejuízo causado aos financiadores dos garimpos ilegais chegue a
cerca de R$ 1,5 milhão.
Ainda
segundo a PF, além do estrago causado ao meio ambiente, a atividade dos
garimpeiros colocava em risco a integridade de linhas de transmissão de energia
elétrica da Usina de Belo Monte, oferecendo “sério risco de desabastecimento ao
país”, já que o empreendimento abastece o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a
PF, a área é “recorrente em extração ilegal de minérios”, onde já foi alvo de
outras operações. “Conforme atestado por órgãos ambientais, a bacia
hidrográfica local já apresenta alto grau de contaminação por conta do uso
irregular de mercúrio”, acrescenta a PF.
Apesar do
forte aparato policial, moradores de uma vila próxima aos garimpos ilegais
bloquearam uma via de acesso a Parauapebas, em protesto contra a ação
repressiva. Além de usar pedras e pneus para interromper o tráfego de veículos,
os manifestantes lançaram rojões e pedras contra os agentes públicos.
Edição:
Fernando Fraga