Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil
Pix já é a forma de pagamento mais usada no Brasil
Modalidade superou as transações com dinheiro em espécie.
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil
O Pix,
serviço de pagamento instantâneo do Banco Central (BC), já é a forma de
pagamento mais utilizada pelos brasileiros. Após quatro anos do seu lançamento,
a modalidade superou as transações com dinheiro em espécie, segundo dados da
pesquisa O Brasileiro e sua Relação com o Dinheiro, divulgada nesta
quarta-feira (4) pelo BC.
A ferramenta
é usada por 76,4% da população, além de ser aquela utilizada com maior
frequência para 46% dos entrevistados. Na última edição da pesquisa, em 2021, o
Pix havia entrado em operação havia poucos meses e, na época, já era usado por
46% da população. No recorte sobre frequência, entretanto, seu percentual era
de apenas 17%.
Em segundo
lugar, no atual levantamento, aparece o cartão de débito, utilizado por 69,1%
da população, sendo o meio pagamento mais frequente para 17,4% dos
entrevistados.
Já o
dinheiro em espécie (cédulas e moedas) aparece em terceiro lugar na pesquisa
deste ano, usado por 68,9% da população, sendo o meio mais frequente para 22%.
No levantamento de 2021, o dinheiro era utilizado por 83,6% da população, sendo
o mais frequente para 42% dos entrevistados. Na sequência da atual pesquisa
aparece o cartão de crédito, utilizado por 51,6% da população, o mais frequente
para 11,5%. Por outro lado, o cartão de crédito é a forma de pagamento usada
com maior frequência nos estabelecimentos comerciais, 42% do total, contra
25,7% de uso de Pix.
A pesquisa
ouviu 2 mil pessoas entre os dias 28 de maio e 1º de julho, sendo que mil
compõem o público específico de caixas de estabelecimentos comerciais, em todas
as capitais e em amostras de cidades com mais de 100 mil habitantes. O nível de
confiança é de 95%, e a margem de erro é de 3,1%.
Dinheiro
vivo
Segundo o
BC, o objetivo da pesquisa é o “aprimoramento contínuo da gestão do meio
circulante brasileiro e das ações de divulgação sobre características das
cédulas e moedas do Real”. “Mesmo com o
PIX e toda a evolução tecnológica, o dinheiro em espécie ainda se faz bastante
presente na vida dos brasileiros”, destaca a autarquia. A pesquisa também traz
dados sobre a conservação de cédulas, o uso de moedas e reconhecimento de itens
de segurança.
De acordo
com o estudo, o uso de cédulas e moedas é mais intenso entre aqueles com menor
renda: 75% das pessoas que recebem até dois salários mínimos e 69% entre os que
ganham entre dois e cinco salários mínimos. Quando a renda aumenta um pouco, o
uso do dinheiro em espécie se torna menos frequente: 59,4% daqueles que ganham
entre cinco e dez salários mínimos e 58,3% das pessoas que recebem mais de dez
salários utilizam notas e moedas de Real.
O uso do
dinheiro físico também é ligeiramente maior entre os idosos. De acordo com o
levantamento, 72,7% das pessoas que têm 60 anos ou mais utilizam o meio; esse
percentual cai para 68,6% entre aqueles com idade entre 16 e 24 anos.