Prévia da inflação acelera para 0,44% em maio, puxada pela gasolina
Prévia da inflação acelera para 0,44% em maio, puxada pela gasolina
IPCA-15 acumula 3,70% em 12 meses, dentro da meta do governo.
Publicado por Bruno de Freitas Moura - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
A prévia da
inflação oficial ficou em 0,44% em maio. O resultado é mais do que o dobro do
mês de abril, de 0,21%, e foi puxado principalmente pelo preço da gasolina, que
subiu 1,9% no período de coleta e contribuiu com 0,09 ponto percentual (p.p) do
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta
terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado
de maio interrompe a sequência de 2 meses de queda do IPCA-15 e é o maior desde
fevereiro, quando chegou a 0,78%.
No acumulado
de 12 meses, o IPCA-15 é de 3,70%, dentro da meta de inflação do governo de 3%
com tolerância de 1,5 p.p. para mais ou para menos, e abaixo do observado nos
12 meses imediatamente anteriores, de 3,77%. Já em maio do ano passado, o
índice estava em 0,51%.
Transporte
e saúde
Dos nove
grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta de
preços em maio. As maiores variações vieram dos grupos saúde e cuidados
pessoais (1,07%) e transportes (0,77%). No caso dos transportes, o vilão foi a
gasolina, produto com maior influência da alta em toda a pesquisa.
Outro item que pressionou a prévia da inflação foram as passagens aéreas, que subiram 6,04%. Apesar desse valor nominal ser maior que o da gasolina, o impacto do combustível influencia mais o IPCA-15, pois tem um peso maior na cesta de produtos pesquisados pelo IBGE.
Já para o
grupo saúde e cuidados pessoais, a alta teve influência dos produtos
farmacêuticos, de 2,06%, após a autorização do governo para reajuste de até
4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março.
A
metodologia para cálculo do IPCA-15 é a mesma do IPCA, considerado a inflação
oficial do país. A diferença é que na prévia os preços foram coletados entre 16
de abril e 15 de maio. O índice leva em consideração uma cesta de produtos e
serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos.
O IBGE
explicou que a divulgação de maio sofreu impactos causados pelo estado de
calamidade na região metropolitana de Porto Alegre, que enfrentou alagamentos
em maio. Os pesquisadores precisaram intensificar a coleta por meios remotos,
como telefone e internet.
Edição:
Fernando Fraga