Procons iniciam mutirão para fiscalizar postos de combustíveis
Procons iniciam mutirão para fiscalizar postos de combustíveis
Objetivo é identificar quem não repassou redução de preços.
Publicado em 24/05/2023 - 09:55 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Começou
nesta quarta-feira (24) o mutirão da Secretaria Nacional do Consumidor
(Senacon) para monitorar postos de combustíveis que não reduziram os preços
médios de venda de gasolina e diesel, após a queda de preços promovida pela
Petrobras.
No dia 16 de
maio, a Senacon emitiu um ofício aos Procons estaduais e municipais,
solicitando esse monitoramento em postos de combustíveis de todo o país. O
documento instruía as unidades do Procon a fazerem um levantamento detalhado
dos preços.
No dia 18,
foi anunciado que o mutirão iniciaria nesta quarta-feira. Durante o evento, o
secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, disse que a redução anunciada
pela Petrobras e pelo governo federal foi adotada com o objetivo de beneficiar
toda a população, e não de favorecer um setor que, segundo ele, “talvez seja o
mais cartelizado da economia brasileira”.
O secretário
tem reiterado críticas contra “fraudes e abusos” que, segundo denúncias
apresentadas à Senacon, estariam sendo praticadas por postos de combustíveis.
No ofício encaminhado aos Procons, Damous disse que não aceitará situações
desse tipo.
Em
entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC),
nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que
haverá “mão firme do governo para que a queda do preço chegue na
bomba”.
Formulário
A Senacon abriu um canal de denúncias contra postos de gasolina. Nos primeiros dias, mais de mil denúncias de preços abusivos foram registradas.
Para fazer a
denúncia, basta preencher um formulário simples, com dados básicos do
denunciante e da empresa denunciada. O formulário foi disponibilizado na
internet no site da Senacon.
Redução
Na
segunda-feira (15), a Diretoria Executiva da Petrobras aprovou uma estratégia
comercial para definição de preços de diesel e gasolina que encerrou a
subordinação dos valores ao preço de paridade de importação.
No dia
seguinte, a empresa anunciou redução R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel
para as distribuidoras, que passou de R$ 3,46 para R$ 3,02. A redução do preço
médio da gasolina foi de R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78,
valor também pago pelas distribuidoras.
Com a nova
política da estatal, as referências de mercado coloca o custo alternativo do
cliente como prioridade na precificação; e considera o valor marginal para a
Petrobras, tendo por base custos e oportunidades observadas em diversas etapas
da atividade, entre elas, produção, importação e exportação de produtos.
As
premissas, segundo nota divulgada pela empresa, são preços competitivos por
polo de venda, participação “ótima” da Petrobras no mercado,
otimização dos seus ativos de refino e rentabilidade de maneira sustentável.
Segundo a
estatal, os reajustes continuarão sendo feitos sem uma periodicidade definida e
evitará repasses da volatilidade dos preços internacionais e do câmbio aos
consumidores brasileiros.
Edição:
Fernando Fraga